Axel é o dono de Southward Angel. Com suas mãos, ele julga e faz justiça. Está no poder da cidade há um longo tempo e sempre teve tudo o que quis. E quando ele colocou os olhos nela, ele sabia que tinha que tê-la. Yesenia Davis sempre lutou para cuidar da mãe que batalhava contra um câncer ao mesmo tempo em que se dedicava aos estudos, sua vida nunca foi fácil Com a morte da única pessoa que fazia sentido em sua vida, Yvy se vê sozinha e começa a trabalhar em um bar noturno para homens da alta sociedade da cidade. Quando encontra os olhos dele… Um calafrio ruim percorre seu corpo, mas o que Yesenia não sabia ainda é que não há como fugir. O diabo sempre tinha o que quer.. E ele quer ela. *** Continuação no mesmo livro: Perséfone cresceu ouvindo o emblema da família Devenuto. "Sempre punimos aqueles que nos prejudicam" Ela foi criada e moldada desde pequena para assumir a liderança de Southward Angel, aprendeu como atirar, a se defender e como punir da forma mais deliciosa que existe... E Perséfone sempre fez isso aos olhos dele, do homem que cresceu amando. Ela usaria todas as artimanhas para alcançar o coração dele e o atormentaria de todas as maneiras possíveis para conquistá-lo. Ele nunca teve qualquer chance diante da intensidade de Perséfone ... É aquilo que dizem: Filha do Diabo, Diabinha é.
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Gorjetas.
Ao longo da minha vida nunca pensei que ficaria tão feliz em recebê-las. Sempre assisti filmes em que as mulheres simplesmente se matavam para atender um cliente, eram cenas hilárias de se ver, porém, agora análise minha situação:
Me encontro na mesma situação que essas mulheres que vi nos filmes, a única coisa que altera o cenário é que não trabalho em uma simples lanchonete e sim em um bar luxuoso, onde as gorjetas são as melhores que existem, e por isto a disputa é maior.
Há um mês e meio minha vida era outra, a única coisa com a qual eu tinha que me preocupar era em estudar para as provas da faculdade e ajudar a enfermeira a cuidar da minha mãe caso ela necessitasse, mas minha mãe morreu a seis semanas, eu já estava conformada com seu diagnóstico de câncer de pulmão, a vida inteira fumando lhe deu um final de vida difícil, foi doloroso vê-la partir, entretanto, encarar a realidade foi pior ainda, o único dinheiro que nos ajudava nas despesas e a pagar minha faculdade foi cortado pelo governo assim que minha mãe se foi, então não tive tempo para chorar e lamentar sua perda, eu precisava de um emprego rapidamente se quisesse concluir a faculdade e pagar as contas, então aqui estou eu, com um sorriso brilhante no rosto e trajando um terninho observando como um falcão meu possível próximo cliente da noite.
O interessante deste bar é que todos os homens que frequentam são educados, como verdadeiros cavaleiros, eles vestem ternos caros e o dinheiro grita pelos poros deles, facilmente poderia estar trabalhando em uma lanchonete que cheira a alto teor de gordura e estar servindo mesas para homens que tem olhos gordos para meus seios e minha bunda, todavia esse lugar é diferente, ele não paga o melhor salário, mas as gorjetas são as melhores.
Marjorie caminha como um leão em busca da sua presa assim que um grupo de três homens entram e se sentam em uma mesa mais afastada das demais pessoas, ela arruma seus seios que estão quase caindo para fora do terninho e continua sua caminhada até os belos homens que acabaram de chegar. Percebi desde o meu primeiro dia de trabalho que ela claramente quer seduzir qualquer um destes homens, para ela não importa se ele é novo ou velho demais para ela, tudo o que Marjorie quer é viver uma vida de rainha.
Ela fala algo, provavelmente perguntando o que eles querem beber, seu sorriso é grande demais em seu rosto e qualquer um ali sabe qual é o seu propósito, o modo como se oferece deixa claro isso.
Seu sorriso morre e ela se afasta como se um bicho tivesse acabado de mordê-la, seus passos duros vêm rapidamente em minha direção e ela estaca na minha frente furiosa, seu rosto está tão vermelho que me pergunto como ela não entrou em combustão ainda.
— Eles querem que você os atenda — ignoro sua raiva direcionada a mim e com isto ela segue batendo seus pés no piso de madeira tão forte para que todo o bar ouça o quão furiosa ela está.
Olho em direção a mesa mais afastada onde os três homens conversam entre si, porém há um par de olhos que me observa com atenção e estremeço diante dos olhos castanhos penetrantes.
Há dois dias ele entrou sozinho pelas portas do bar e se encaminhou para a mesma mesa que está hoje, eu era a pessoa mais próxima e o atendi durante o resto da noite, toda a vez que me dirigia até sua mesa meu coração disparava, sua voz forte e ligeiramente rouca me deixava perturbada, sua presença dominante de certa forma me submetia.
No auge dos meus vinte e dois anos eu não havia conhecido muitos homens, minha experiência era quase nula, entretanto, nada se comparava ao homem mais sensual que já conheci na minha vida.
Seu tom de pele é aquele moreno na medida perfeita. Seu corpo é muito bem trabalhado, as coxas ocupavam perfeitamente as calças de seu terno e seu peito robusto é algo que chamava a atenção de qualquer mulher, como a minha e com certeza a de Marjorie, seus olhos provavelmente brilharam como dois sacos de ouro, pois é evidente que esse homem é apessoado de bens.
Caminho vagarosamente avaliando o seu rosto, hoje as linhas de seu rosto estão tensa, seu queixo quadrado lhe dá a aparência de ser um homem temível estão cerradas, como se algo lhe preocupasse, todavia, os seus olhos castanhos estão avaliando cada passo que dou no meu caminho até ele e os seus amigos.
Respiro profundamente assim que paro a sua frente em numa tentativa tola de acalmar as batidas do meu coração, ele tem algo que tira a minha concentração. Será sua presença dominante ou a sua voz sedutora?
— Senhores, como posso ajudá-los está noite?
— Traga a garrafa de Whisky Dalmore — assinto e fasto-me da sua voz que me atrai como o mel atrai a abelha, o valor dessa garrafa de whisky é o meu salário do mês, provavelmente só um gole é a gorjeta que consigo juntar até o final da noite.
Tiro o lacre do gargalo do whisky e o coloco na bandeja juntamente com os três copos e gelo, equilibro-a numa mão e retorno para o bar, onde uma música calma toca nos altos falantes.
Volto pelo mesmo caminho e os seus olhos claros prendem-me até o final no meu trajeto, deixo a bandeja na mesa e retiro o whisky, os copos e o gelo da forma mais graciosa que consigo, encaro os seus amigos com um sorriso e por último dirijo um sorriso a ele, um sorriso verdadeiro, não um que é falsamente plantado nos meus lábios para conseguir gorjetas até o final da noite.
— Tenham uma boa noite e chamem-me se precisarem de algo — e com essas últimas palavras, me encaminho para a próxima mesa que estava atendendo anteriormente, eles se levantam e se despedem agradecendo o bom atendimento, assim que passam pelas portas duplas, meus olhos seguem a notas deixadas na mesa, eu as pego colocando-as no meu bolso sem pudor ou vergonha e sigo para atender o próximo grupo de homens.
A noite segue com mais homens chegando e saindo, contudo, ele e os seus amigos continuam bebendo o whisky como água, ele não pede mais nada para mim e quando chega meu momento de ir embora, ele ainda está lá, hora dando um leve sorriso que não chega aos olhos ou conversando sobre um assunto que deveria ser muito sério.
Conto todo o dinheiro que consegui durante a noite e me frustro por saber que não estarei aqui quando ele decidir ir embora, há dois dias ele me deu a maior gorjeta que já consegui trabalhando aqui há um mês.
Arrumo a bolsa no meu ombro e passo pelas mesas em direção a saída, porém antes de conseguir passar pelas portas duplas uma mão com os dedos levemente calejados me param, engulo em seco ao encontrar o seu olhar e permaneço parada no meu lugar até que ele decida falar.
— Obrigado pelo atendimento — ele estende algumas notas e pego sentindo a timidez que senti no meu primeiro dia de trabalho — Sou Axel.
— Yesenia — sorrio de forma mais contida e me afasto — Tenham uma boa noite, senhores.
Passo pelas portas duplas e encho os meus pulmões com o ar fresco da noite depois de passar cinco horas dentro de um ambiente fechado.
Começo a caminhar tendo com destino a minha casa, a única coisa que a minha mãe conseguiu deixar no meu nome antes de morrer.
Por alguns segundos enquanto caminho, me permito pensar nele, em Axel, e percebo como o seu nome é forte e imponente assim como o dono, talvez o veja novamente amanhã ou daqui alguns dias, mas digo a mim mesma para não pensar demais nele.
Ele provavelmente não se lembrará de mim, pois homens do seu porte tem muitas coisas com as quais se preocupar, e uma mulher simples não se enquadra na equação.
Perséfone2 anos depoisEncaro as duas listras rosas sentindo o pavor me dominar.Eu sabia que esse momento chegaria, pois fazia dois meses que estava tentando engravidar, mas não imaginava que o resultado do teste iria me abalar tanto.O fato é que não sabia se estava pronta para ser mãe, não me imaginava parindo um filho aos 21 anos antes mesmo de tomar a liderança de Southward Angel.Foi uma conversa com minha mãe que abriu meus olhos, ela enfatizou que Cosmo já estava com 47 anos e que não aproveitaria um filho se estivesse velho demais para isso. Tenho certeza de que ele concordaria se dissesse que queria ter um filho somente aos 30 anos, porém, a conversa ficou pesando na minha mente e resolvi abandonar o anticoncepcional por conta própria, deixando a decisão a cargo do destino.Nos últimos dois anos coloquei a maior quantidade de disciplinas possíveis na minha grade curricular, consegui reduzir a graduação pela metade e irei me formar no próximo mês. Depois disso, me sentaria c
Perséfone15 dias depois— Droga, mãe! Pare com isso! — falo irritada quando ela tenta ajeitar meus cabelos mais uma vez. Suas mãos estavam inquietas e arrumava algo para ajeitar a cada cinco minutos!Já estava nervosa e ela somente estava colocando mais ansiedade em cima de mim!Olho para o meu reflexo no espelho e sinto-me mais tranquila ao ver como estava bonita. A sombra marrom realçou bastante meus olhos acompanhado do batom nude. Meu cabelo ganhou um corte moderno e repicado, e apesar de sentir saudades do cabelo longo, o novo corte trouxe uma mudança positiva na minha vida.Ao olhar para o espelho, vislumbrava uma nova mulher.Levanto-me da cadeira, coloco o scarpin branco aveludado e admiro a forma como o vestido se moldou ao meu corpo como uma segunda pele. Nunca me senti como as “garotas normais”, não sonhei com um casamento desde criança e jamais imaginei como minha festa de casamento seria. Também nunca sonhei com o vestido perfeito, então a minha escolha foi simples e ráp
PerséfoneAlguns dias depois me sentia bem o suficiente para começar a andar, ainda era dolorido colocar os pés no chão e caminhar, mas não aguentava mais ficar na cama o dia inteiro sendo mimada por todos.Tudo o que queria era torturar a pele de Henric e do seu parceiro torturador.— Ampliei a segurança de todos os membros da família — Cosmo avisa ao meu pai, ele somente assente e sai da sala deixando-nos sozinhos.Suspiro angustiada com a tensão entre os dois, que consequentemente deixava todo o ambiente tenso também.— Papai vai amolecer com o tempo — digo nervosa com essa situação, ele apenas concorda colocando as mãos dentro dos bolsos frontais da calça como se não se impostasse com a atitude do meu pai.Cosmo será o genro dele, então meu pai terá que superar isso em algum momento.— Vamos. Vou te colocar dentro do carro — Cosmo me pega em seus braços antes que eu possa protestar.A quem quero enganar?Adoro ser envolvida em seus braços.[...]O cheiro forte agride minhas narina
PerséfoneMe aconchego no conforto e no calor sentindo-me em paz.Paz?Não era normal sentir paz se estava sendo torturada.Acordo assustada e o alívio recai tão forte dentro mim que volto a fechar os olhos.Estava no meu quarto e na minha cama envolvida pelas cobertas.— Filha? — olho para a ponta da cama e encontro papai, sua expressão denotando todo o cansaço que estava sentindo — Como você está?Me sento devagar tentando evitar que uma careta de dor e um gemido escape, ela tinha amenizado bastante e enfim conseguia respirar em harmonia, o inferno tortuoso finalmente acabou.— Bem melhor do que estava nas mãos daqueles bastardos — papai fecha os e parece estar passando pelo seu próprio inferno pessoal, mas nada do que aconteceu é culpa dele.Não há culpados nessa história, apenas Henric com a sua loucura descabida.Minha loucura pode ser comparada um pouco com a sua, a diferença é que nunca sequestraria Cosmo para submetê-lo as minhas vontades.— Está tudo bem, acabou pai — arrasto
PerséfoneA agitação me acorda bruscamente.Abro os olhos com esforço e me vejo dentro de um carro em movimento e a conversa anterior volta rapidamente a minha mente.Decolar!Porra!Não posso deixar minha família.Não posso deixar Cosmo!A encarnação do meu pai está sentado ao lado de Henric, enquanto o maldito dirige calmamente com um cigarro nos lábios.— Tenho um pressentimento de que essa puta ainda vai dar trabalho. O principal erro de Axel Devenuto foi dar liberdade demais a garota e colocá-la como sucessora no comando.Uma morte dolorosa aguarda esse babaca, irei adorar arrancar suas tripas com minhas próprias mãos, pode não ser hoje ou amanhã, mas já está predestinado a acontecer.Ao tentar me mexer percebo que meus pulsos e tornozelos estão soltos, porém estou com tanta dor que não sei se conseguirei dar conta de dois homens, parece que meu corpo foi fatiado e passado em um moedor logo em seguida, nunca me senti tão impotente assim.— Você é retardado mesmo, nem ao menos fal
Cosmo— Axel, um pen-drive chegou na portaria do condomínio — aviso e estendo-o em sua direção — Você quer que eu o acompanhe? — pergunto. Estava aflito para descobrir o conteúdo que estava armazenado ali, porém também estava com medo do que iria encontrar.— Não — nega fazendo meu coração se contorcer em aflição — Preciso fazer isso sozinho, te chamarei se precisar de ajuda — ele some dentro do escritório deixando-me de mãos atadas. O pior é que eu não tinha o direito de reivindicar nada, mas em breve teria, Perséfone nunca mais deixaria a segurança dos meus olhos.Ando impaciente pela sala aguardando uma resposta de Axel. Yesenia estava refugiada na cozinha tomando uma xícara de café e Azazel não tirava os olhos da mãe consolando-a, todos estavam atordoados e com medo, esse momento me lembrava de quase 20 anos atrás quando Yesenia foi raptada pela irmã gêmea de Axel e eles perderam seu primogênito.Eu não aguentaria perder Perséfone.Estava prestes a bater na porta do escritório qua
Último capítulo