A semana começou com um silêncio inquietante.
Isadora entrou na empresa com a cabeça erguida e o coração acelerado. Desde o encontro no café, ela não trocara uma palavra sequer com Dominic. Não respondeu suas mensagens. Não buscou por ele nos corredores. Estava decidida a manter distância. Precisava provar a si mesma que ainda tinha o controle.
Mas bastou entrar no elevador e vê-lo ali, de terno cinza escuro e o olhar cravado nela, para perceber o quanto sua decisão era frágil.
Eles ficaram em silêncio. O espaço fechado parecia menor do que de costume, e o ar se tornava mais denso a cada andar que passava. O perfume dele, amadeirado e marcante, a envolvia como uma lembrança viva daquela confissão no café.
Dominic, por sua vez, se manteve imóvel, mas atento. Observava cada movimento dela com discrição: os dedos apertando levemente a alça da bolsa, a respiração controlada, o maxilar tenso. Ele respeitaria o espaço que ela pediu. Mas isso não significava desistir.
Quando o elevador parou