Samara Resende é uma promissora médica, órfã, só tem Plínia Martins como amiga. Ela foi enganada, pelo amigo e uma colega de faculdade. Decepcionada, parte para outra cidade, onde pretende criar o filho que espera, Plínia mesmo contra, vai embora com a amiga. Mas antes de partirem, ela sugere: “Não tenha esse filho, Samara. Ele sempre vai lembrar a humilhação que passou!” Plínia aconselha.“Não. Ele não tem culpa. Vou sair da cidade e criar meu filho sozinha.” Samara fala decidida.“Vou com você. Já que decidiu, só me resta apoiá-la.”As duas partem para uma cidade em crescimento. Samara, nunca procurou saber, do que aconteceu, depois que partiu.Daniel Palardo estava em seu escritório, quando recebeu um telefonema.“Aqui é da polícia de Paris. É o senhor Daniel?” Pergunta uma voz fria.“Sim. O que aconteceu?” Pergunta franzindo a sobrancelha.“Precisamos que compareça, aqui. Seu irmão, Denis, sofreu um acidente e talvez não resista.Daniel, pega o endereço e chama seu assistente.“Mario, desmarque tudo da agenda, vamos para Paris. Denis sofreu um acidente e preciso de mais detalhes.”Após arrumar tudo, eles partem. Ao chegarem, vão direto à delegacia.Daniel fica sabendo uma parte, do que aconteceu. Decidido, vai ver o irmão.“Daniel, me perdoe. Procure Samara, ela carrega em seu ventre, um filho meu.”Essas foram a últimas palavras que ouviu de seu irmão. Ele faleceu, deixando Daniel, surpreso e agitado.Essa é a história, onde a procura, leva ao desespero. Daniel encontrará Samara? Quem é ela? Onde encontrar uma mulher que fugiu? O que aconteceu, para que fugisse e não deixasse pista.
Ler maisSamara estava com sua amiga, no refeitório.
“Amiga, já terminamos o trabalho de apresentação, se importa se eu sair?” Ela pergunta a Plínia.
“Aposto que vai se encontrar com o safado do Denis.” Plínia, junta tudo e coloca em sua pasta.
“Desta vez errou, preciso passar no hospital. Fiz alguns testes para ser doadora. Tenho que verificar se sou qualificada.” Fala sorrindo. “Não sei porque não gosta do Denis, ele é uma pessoa tranquila, boa e só estamos estudando juntos, estamos também no laboratório.”
“Ele é o maior mulherengo da faculdade! Não sei como consegue ficar ao lado de com um cara, que já pegou geral. Também não leva os estudos a sério. Você está perdendo seu tempo com ele.”
“Desde que estamos juntos, ele tem se dedicado aos estudos e não ficou com outra pessoa. Todos têm direito a uma chance, então, procure ver ele com outros olhos.” Fala se levantando.
“Espere, vou te acompanhar se for mesmo ao hospital. Tenho que pegar minha escala de estágio. E não peça que aceite Denis. Uma vez safado, sempre vai olhar para outro rabo de saia.” Plínia fala com Samara.
“Está bem, não vou insistir no assunto. Vamos? Já está ficando tarde, não adianta se explicar. Sua raiva por ele, te deixa irracional”
As duas quando saem do refeitório, encontram Elsa, elas tentam desviar, mas, são barradas.
“Olha só quem encontramos! A falsa santa Samara e sua amiga general.” Fala para as amigas que estão com ela.
“Não enche, Elsa. Vá com sua turma para o inferno!” Plínia fala zangada.
“Está bravinha, Plínia! Porque te chamei de general ou por que sua amiga de santa não tem nada.” Fala com ironia.
“Vamos, Plínia. Não perca tempo discutindo com ela. Isso é provocação, não entre em conflito.” Samara fala, tentando sair.
“Bem típico de você, finge ser boa garota, mas não passa de uma vadia. Está dormindo com um cara, só porque ele é bonito e alguém o sustenta. Cuidado hem! Pode ser dinheiro de uma coroa rica, ele pode ser um gigolô.” Fala debochada.
“Elsa, gigolô ou não, não é problema seu. Agora saia do caminho. Seu problema, é achar que todos a querem, mas que surpresa! Você não dormiu com ele, que peninha de você. Se enxerga garota, ele escolhe por inteligência, não por beleza.” Samara fala, e sai arrastando Plínia com ela.
Elsa, fica olhando elas afastarem, com um olhar sombrio.
“Você me paga, Samara. Juro que vai engolir tudo o que disse.” Fala entrando no refeitório, pisando firme.
“Samara, deveria ter deixado eu lhe dar uma lição.” Plínia fala indignada.
“Besteira. Conhece Elsa, ela gosta de provocar. Temos que terminar a faculdade e começar a pegar sério no estágio. Não iria ficar bem, causar um problema agora.” Samara fala tranquila.
“Não sei como aguenta, juro que meu sangue ferve.”
“Esqueceu tudo que já passei? Não foi fácil chagar aqui. Elsa não é nada, comparada ao que ouvi no passado. Não vou permitir que uma patricinha, estrague meus estudos. Semana que vem, terminamos a faculdade, nunca mais veremos Elsa.” Fala com tranquilidade.
“Falando nisso, já preencheu os formulários? Onde vai fazer o estágio?” Plínia se interessa na resposta.
“Ainda não decidi. Fui aceita em vários hospitais. Preciso pensar com calma.” Fala fazendo um sinal para o táxi.
Ao chegarem no hospital, Plínia vai ver sua ficha. Samara segue para o consultório.
Toc, toc, toc.
“Entre.” Uma voz responde.
Ela abre a porta e sorri para o médico.
“Boa tarde, doutor, vim buscar o resultado dos exames.”
“Oi Samara, senta, precisamos conversar.” Fala abrindo uma gaveta.
“Deu algo nos exames?” Ela pergunta preocupada.
“Não, relaxa, seus exames estão perfeitos. Mas, tenho uma notícia para você.”
“Então, diga! Estou ficando ansiosa.” Fala com o sorriso fugindo do rosto.
O médico a olha, preocupado. Samara é a melhor aluna da faculdade. Com apenas dezenove anos, está se formando em medicina. Nos testes que fizeram, mostraram que ela tem um QI alto, devido a isso, é a aluna mais nova. Todos os professores, elogiam sua sagacidade e sua inteligência.
“Samara, você ainda é muito nova. Sabe que tem um futuro brilhante te esperando.” Fala com cautela.
“Obrigada, tento dar o melhor para me formar.” Ela responde.
“Não vou ficar enrolando. Seus exames foram excelente, mas, infelizmente, não pode doar sangue. Você está grávida.”
“Gravida? Eu? Não, isso está errado. Sempre fui cautelosa, eu tomo remédio para não engravidar. Desde que aceitei, a trabalhar no laboratório. Sei que é uma regra. O senhor está ciente.” Fala espantada.
“O exame de sangue não tem margem de erro. Você está gravida.” Fala em um tom paternal.
Samara, demora a similar o que o médico falou. Ele, percebendo sua confusão, lhe entrega o envelope com todos os resultados.
“Já está praticamente formada, pode conferir os resultados. Se tiver dúvidas, podemos refazer os exames.”
“Não precisa, confio nos exames que fizeram.”
Ela pega o envelope e se despede do médico, atordoada. Depois senta no corredor, esperando por Plínia. Sua amiga não demora a chegar.
“Pegou o resultado? Como foi? Está com uma cara, que dá até medo.” Fala encarando Samara.
“Plínia, eu estou grávida.” Fala sem emoção.
“Mentira! Está errado, tem que fazer novos exames.” Fala espantada.
“Não amiga, sabe que os exames de sangue, não mentem.”
“Não está pensando em ter essa criança. Ou está?” Perguntou encarando Samara.
“Preciso pensar. Estou em choque com a notícia.”
“Vai contar para o Denis? Ele é o responsável por isso acontecer!” Fala preocupada.
“Ainda não sei. Mas, ele precisa me explicar o que aconteceu. Isso foge do contrato, ele precisa saber e tem que explicar.”
“Que direito? Não vou permitir que estrague sua vida, não pode ter essa criança.” Fala com firmeza.
As luzes se apagam e o apresentador, apresenta o programa de projetos mirins, em seguida, os alunos, começam a apresentar seus inventos. Ao chegar a vez de Gabriel e Isabel, eles mostram o que fizeram, todos aplaudem, Gabriel pede licença para falar. “Oi gente, eu sou Gabriel e essa é minha irmã Isabel. Nossa invenção, foi uma ideia que tivemos, quando nossa mãe se casou com meu tio. Passamos por muitos problemas até chegar aqui, mas foi o amor que ajudou e contribuiu para hoje apresentarmos o projeto. Com esse dispositivo, podemos medir o humor das pessoas em nossa casa, assim, evitamos problemas, o medidor de humor, também vai ajudar com nossos irmãos que vão nascer. É isso, hoje, nós temos 9 anos, mas há dois anos, com 7 anos, era um pouco confuso, entender o que acontecia. Com esse dispositivo, vai facilitar a entender o que está acontecendo. Minha mãe é muito atirada, meu tio, que agora é nosso pai, já é muito preocupado. Com esse aparelho, espero que eles relaxem um pouco. Obri
Samara, ao sentir o conforto nos braços dele, começa a chorar, Daniel a consola fazendo carinho em seus cabelos. Quando se acalma, ela fala, ainda deitada em seu ombro. “Eu sempre fui uma pessoa complicada, sempre pensei que podia suportar tudo, que era forte para resolver todos os problemas que apareciam. Tudo que me machucava, eu guardava e sorria como se nada tivesse acontecido. Mas você com o tempo, foi me derrubando, sempre estive no controle de minhas emoções. Você era a pessoa que me fazia reagir, por isso brigava. O que eu guardava, eram mágoas, traições. Com esse sentimento, eu tomava minhas decisões sem pensar em quem estava ao meu lado, até com as crianças, eu tentava controlar, impedia elas de evoluírem.” “Não precisa explicar. Eu também não ajudei, queria ter o controle sobre tudo, mas ao ser levada, percebi que estava errado, não posso controlar tudo, mas se puder ajudar, com certeza eu farei.” “Não sei quando comecei a gostar de você, mas me apeguei a imagem de Den
Samara se recupera logo. Ela está sentada no sofá, quando Mario entra com Plínia. “Que bom ver a senhorita bem, não sabe o que passamos durante todo o tempo que enfrentou o que aconteceu. “Mario, me chame de Samara, acho que podemos deixar a formalidade de lado. Daniel deve estar ocupado, pois ele não veio me visitar.” Ela fala casualmente. “Jamais senhorita, digo Samara, não sabe que ele está internado?” Pergunta surpreso. Plínia, fica pálida, Samara se levanta encarando Mario. “O que disse? Daniel está internado e ninguém me contou? Plínia!” “Desculpe, mas foi minha culpa, você precisava descansar e se recuperar, então pedi que não te contasse.” Fala com receio. “Onde ele está?” Fala vestindo um roupão e abrindo a porta para sair, Mario olha confuso e Plínia corre atrás dela. “Samara, espere, preciso falar com você, antes que o veja.” “Para continuar mentindo, Plínia? Ou me escondendo o que aconteceu?” Ela pergunta aflita. “Juro que vou contar a verdade, mas me es
Plínia e Souza saem do quarto, eles sentam em um banco de espera para conversarem. “Plínia, por que não me deixou contar a Samara? Ela vai saber e não vai gostar que escondemos dela.” “Eu sei, mas ela é teimosa, se souber que Daniel se feriu, vai ficar agitada e vai se levantar antes de se recuperar.” “Como pode ter certeza? Ela conhece os procedimentos, precisa se hidratar.” “Souza, Samara é uma casca que está se desfazendo, tenho certeza que ela sente algo por Daniel, só tem medo de se machucar. Ela do seu jeito, procura ajudar todos, foi assim até com Gael. Imagina se souber de Daniel?” “Acho que tem razão, mas ainda acho que deveríamos contar.” Fala chateado. “Como ele está?” Plínia pergunta preocupada. “Temos que esperar, seus olhos foram afetos, apenas um pouco, mas já veio um especialista para cuidar dele, pelo que disse, se tomar os remédios certos e manter os olhos fechados, sua chance é alta de recuperação. Mas ele deve ficar um tempo sem abrir os olhos, está mais fác
Samara é levada por Pedro que a conduz pelo corredor isolado. Ela anda tranquilamente, mas seu coração está acelerado. O lugar, tem um pequeno espaço, para se locomover, varias toalhas e um local onde podem lhe jogar toalhas limpas. Ela senta no chão e faz um sinal para começarem, Samara usa uma roupa lhe cobrindo o corpo, para evitar queimaduras, no início, ela aguenta, mas depois sente o corpo ficar exaurido, uma voz fala com ela.“Sam, se erga, respire e solte o ar, não se deixe abater.”Ela levanta o corpo e fecha os olhos, pois estão ardendo com a temperatura. Do lado externo, Daniel pergunta a Souza.“A temperatura que ela está, qual a condição do vírus?”“Estamos passando de 36 graus, ela já está expelindo a gordura, agora precisamos subir gradativamente até 40 graus, deixando por três minutos, depois vamos diminuindo devagar até terminar.”“Entendi, mas Samara tem que ficar acordada? É isso?”“Sim, se ela não suportar, arriscamos, de haver danos internos.” Fala preocupado.
Eles vão à sala de monitoramento e Pedro conversa com o segurança, colocando a sala onde Samara está, em um monitor, voltando à gravação, pede que assistam. Eles assistem tudo o que aconteceu desde que ela entrou na sala, com a família. “Agora que já sabem, tomem atitudes certas, não culpem Souza. Ele não a deixou nem por um momento. Não julguem pelo que não acompanharam.” Pedro defende Souza. Depois sai com eles da sala. Plínia e Daniel, saem e pegam o carro para casa. Eles seguem calados. As crianças, ao chegarem, recebem o vídeo de Samara. “Olha Gabriel, mamãe está ajudando as crianças!” Isabel fala com um sorriso. “Claro, ela é médica, esqueceu?” Fala sério. Plínia tem um nó na garganta. Daniel pede licença e vai para o escritório. Ele fecha os olhos e deixa sua mente vagar. As crianças, inocentes, não sabem o que é a realidade, Samara não sabe quanto tempo está com o vírus, tanto ela e o Gael, vão passar pela desintoxicação e tem risco de ser tarde, igual fo
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