Esse é o livro 1 da Saga Lua de Sangue. Livro 2: Luz Dos Teus Olhos Vermelhos (JÁ DISPONÍVEL) "Minha vida virou de cabeça para baixo quando a demônia fugiu... Eu sabia que ela não sentia minha falta com eu sentia a dela, a Karolina me via apenas como seu pior inimigo, enquanto ela é tudo para mim... Cogitei me matar com um golpe da minha espada... E assim a Karolina sinta um pouco de compaixão por mim enquanto eu vou para o inferno. O meu amor egoísta e doentio não correspondido um dia vai ser meu fim." 🌔Karolina é uma loba escrava que foi forçada a trabalhar e servir ao Alfa de uma alcateia, cansada de ser humilhada e sofrer violência por anos, ela resolve fugir, não antes de perceber sentimentos diferentes do Alfa que sempre a tratou mal, durante sua jornada, a loba conhece várias pessoas que poderão desencadear amor, raiva ou amizade, entre elas há um vampiro misterioso e Alfa da alcateia inimiga, enquanto ela percebe que sua vida foi feita com um propósito bem maior e mais sombrio que ela, uma simples escrava, poderia imaginar.🌖 Alerta de Gatilhos: Violência, sexo explícito, lutas sangrentas e mortes.
Ler mais– ACORDA! – Escuto um dos lobos soldados me chamar pela porta do porão após eu despertar de mais um dos meus pesadelos com a aquela que eu orava e era devota, a Deusa da Lua, que de boa não tem nada. Suspiro
e me levanto do resto de colchão que estava dormindo, sentindo algumas dores no corpo devido à fraqueza e ao cansaço. – Já escureceu e você ainda está dormindo? – Os lobos são noturnos, então dormimos durante o dia e à noite ficamos acordados. - PREGUIÇOSA! – Ouço aquele cão sem dono esbravejando e batendo na porta.– DESTRANQUE A PORTA, PRIMEIRO PARA QUE EU POSSA SAIR, SEU RETARDADO! – Grito dentro do meu "quarto do castigo" já sem paciência, e meus "amiguinhos", os ratos e as baratas, se escondem.
Logo, a porta abre bruscamente e o cão sem dono aparece fervendo de raiva. Ele parece um brutamonte com uma cicatriz que começa na testa e passa pelo olho esquerdo até o meio da bochecha de uma briga que teve com lobos de outra alcateia que quase o deixa cego, o peito estava descoberto era musculoso e cheio de cabelos que iam até a virilha coberta com uma calça de couro e de botas pesadas. Algumas lobas da nossa alcateia adoravam aquela brutalidade dele, mas quem ia pra cama com esse homem se arrependia por causa da violência, Bruthus, como o nome já indica, é violento, às vezes b**e até a loba perder a consciência, sua própria companheira fugiu, e agora ele é um cão sem dono.
Ele me pega pela garganta e aperta, me batendo contra parede e me deixando sem ar. – Está pensando que é quem para falar desse jeito comigo? Puta!
Puta... Odeio esse nome! Sempre me chamam assim.
– Não se esqueça de que você não passa de uma escrava do Alfa, de uma putinha! Quer ficar aqui mais alguns dias? Se bem que aqui é o lugar ideal para você, na podridão, assim como você é: podre! – Já estava ficando sem ar, queria revidar, mas não podia, não posso, pois eles sabem minha fraqueza e usam isso para que possam me controlar, me deixar submissa.
INFERNO DE VIDA!
Quando eu já estava quase inconsciente, ele me solta, caio no chão e levo um chute na barriga.
– Vamos! Levanta! O Alfa quer te ver. – Mesmo fraca por causa da pouca comida que quase não recebi durante três dias nesse porão (cativeiro), tossindo sem parar e dolorida, eu me levanto e sigo-o.
A alcateia está sendo iluminada por tochas, as casas são feitas de pedras, algo bem rústico, ela era limpa e organizada, pois os lobos adoram limpeza, por isso que meu "quarto do castigo" é bastante imundo, uma maneira que o Alfa tem de me humilhar quando eu faço algo que o desagrada, meu último castigo foi ter dito para uma filhote, da qual mexeu com quem não devia, que eu estava vendo um vampiro na floresta e ele queria sugar o sangue dela, a peste ficou com tanto medo que teve pesadelos e contou para sua mãe quem disse isso e, claro, fui castigada.
Quando entro no salão principal (onde a alta sociedade se reúne) sou direcionada para uma sala específica, a maior de todas, a sala do Alfa. Suspiro, baixo a cabeça e entro. Mesmo de cabeça baixa eu o sinto me encarando do outro lado da mesa, ouço passos dele dando a volta e ficando na minha frente, ainda de cabeça baixa vejo suas botas de couro bem trabalhadas, até que sinto suas garras no meu queixo forçando minha cabeça a levantar.
O Poderoso Alfa da nossa alcateia, o mais forte e mais temido dessa aldeia, abaixo dele, a segunda no comando, está a Luna, pois as fêmeas sempre estão abaixo dos seus companheiros machos na nossa hierarquia. Ele está todo coberto com um manto marrom escuro, mas há uma pequena gola aberta que vai até quase o meio do peito mostrando um pouco de seus músculos e alguns cabelinhos saem de lá, as mangas que cobrem os braços parecem que vão rasgar por causa dos músculos, o corpo não é tão grande quanto o de Bruthus mas sua áurea mostra que ele é mais poderoso que o cão sem dono. Quando olho pra cima vejo seus olhos castanho-claros me encarando com arrogância, barba por fazer, cabelos loiros bagunçados e pele clara, a masculinidade exala nele.
– Você está fedendo. – É a primeira coisa que o cretino diz.
– Está mais magra... Não está tão bonita assim, Karolina. – Como eu poderia estar bem depois de ficar dias trancafiada naquele porão imundo e sem comida?
– Desculpa, meu Alfa. – Respondo, não quero desafiá-lo, não enquanto ele usa minha fraqueza contra mim.
– Parece que aprendeu a se comportar, esses três dias foram o suficiente ou precisa de mais? – Meu coração acelera só de pensar em ficar mais tempo no cativeiro e longe dela.
– E-Eu aprendi meu erro, meu Senhor, prometo que não irá mais se repetir... – Engulo o nó na garganta.
– Assim espero, Karolina. – Ele solta meu queixo e caminha de volta para sua cadeira atrás da mesa. – Vá, tome um banho que esse cheiro está me deixando enjoado e prepare minha janta, estarei esperando você no "nosso quarto". – Me estremeço quando escuto essa palavra, a noite vai ser longa...
– Vamos, menina, apresse-se, não deixe o Alfa esperar muito tempo! – A dona Tâmara fala me ajudando com a janta do digníssimo. Algumas escravas, as que não tentam agradar seus senhores e senhoras para terem benefícios, ou que são consideradas feias e velhas o suficiente que não chamam atenção de um lobo tarado são, portanto, gentis comigo, me tratam com respeito, uma delas é a dona Tâmara.
– Calma! Não me apresse! – Falo enquanto belisco algo.
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Em frente à porta do “nosso quarto”, deixo a bandeja na mesinha ao lado, na varanda, e bato na porta para ter permissão de entrar, ele aparece já zangado, pois o deixei esperando um pouco, mesmo assim me deixa entrar.
– Desculpe o atraso, senhor. – Digo depositando a comida na mesa de madeira que fica do lado esquerdo enquanto uma cama de casal fica do lado direito.
Após sua refeição e de me advertir por ter me atrasado alguns minutos, ele se levanta e vem até o canto onde estou de cabeça baixa, levanta minha cabeça e suas garras apertam meu maxilar.
– Karolina, eu deveria matá-la pela sua audácia, ou cortar sua língua por falar demais, até os meus Bethas você desafia...! – Ele deve estar falando do que ocorreu no porão, aquele cão sem dono do Bruthus, fuxiqueiro! – Não vai dizer nada?
– Des-desculpe, senhor.
– É só isso que você sempre tem para me dizer? Não sei quantas vezes você já me pediu desculpas e logo em seguida grita com alguém, b**e em alguém e até xinga, ameaça, até mesmo uma filhote você ameaçou. – Tenho vontade de revirar os olhos quando ele fala dessa pirralha pulguenta, mas permaneço neutra e continuo o encarando. Ele tira a mão do meu maxilar e vai para o meu cabelo que está preso em um coque e com uma das suas garras ele desamarra deixando o cabelo cair até a cintura, então o lobo pega uma das mechas e cheira. Os olhos castanho-claros começam a brilhar, logo eu entendo o que significa... desejo.
Ele pega meu cabelo atrás da cabeça com força, envolve seu antebraço na minha cintura e me puxa com força contra seu corpo.
– Karolina, sua desgraçada! Você é uma praga nessa aldeia! A pior escrava que já comprei! Desobediente, que não quer se submeter aos habitantes daqui, desgraçada! – Ele toma minha boca com a ferocidade de um lobo faminto e força passagem, com isso me beija, desce a mão que estava na minha cintura para a bunda e morde meus lábios com força me fazendo gritar e empurrá-lo.
– Fique quietinha se não quiser apanhar... – Obedeço. Então, com suas garras, ele rasga minha roupa e fico nua, poucos segundos depois o macho já está nu com o pau dele mirando na minha direção, sem deixar de me encarar.
Sou jogada na cama e o sinto em cima de mim abrindo minhas pernas no percurso.
O macho novamente me beija enquanto passa a mão direita pelo meu corpo e a esquerda é usada para se apoiar. Beijando-me, ele me penetra com toda vontade e força que estava controlando durante esses dias. Ele passa horas assim, me submetendo a várias posições enquanto se enche de prazer... Enquanto eu não sinto nada além de ardência no canal vaginal.
Quando finalmente o lobo chega ao ápice, gozando dentro de mim, ele se vira para o outro lado da cama. O deixo quieto e relaxado por alguns minutos enquanto crio coragem de fazer a pergunta que mais me atormenta durante dias.
– Lúcius...?
– Humm? - Ele responde com os olhos fechados, então eu continuo a falar, preciso saber onde ela está, meu ponto fraco, a razão por eu ter amedrontado a lobinha pirralha, que ousou arranhá-la, ainda a chamou de filha de prostituta, preciso saber o que aconteceu com ela ou vou enlouquecer, ela é tudo que tenho, que me dá esperança, é meu ponto fraco, mas também é quem me dá força apesar de ter apenas 5 anos de idade.
– Cadê a minha filha?
Ele olha pra mim e fala:
– NOSSA FILHA, você quer dizer...
Franzi o cenho encarando o Marcus vindo à nossa direção com os olhos castanhos-mel brilhando, apoiei a Kamilla no meu braço esquerdo e encostei o direito na lateral do meu corpo com o punho fechado para bater nele. Marcus desviou o caminho de mim e foi em direção à Clara, ela era sua companheira. A garota correu assustada e ficou nas minhas costas buscando proteção. Céus! Ele deu a volta indo atrás dela e na minha mente se passou memórias das incontáveis vezes que o Lúcius corria atrás de mim daquela forma. A Kamilla estava com a cabeça apoiada no meu ombro observando a cena caladinha, eu já sabia qual era o motivo do seu silêncio, e preferi ignorar. – Marcus! – Rosnei pra ele que parou de andar. – Baixe a cabeça, Betha! – Ordenei entredentes. Ele obedeceu, mas seus olhos permaneciam brilhando com os punhos fechados na lateral do corpo. Isso vai dar trabalho! Olhei para uma Clara assustada. – Clara, esse é o Marcus, um Betha da Tribo Calmon, e te reconheceu como sendo a companheira
Burburinho... Meu ouvido dolorido captava vozes desconexas, pessoas falando com um tom animado, outras ordenando preparar algo e passos apressados batiam no chão. Minhas pálpebras pesadas se abriram lentamente, acostumando-se com a luz alaranjada do ambiente, logo reconheci que era meu quarto. A luz vinha da lareira e de algumas velas iluminando todo o local.A porta foi aberta e uma pessoa entrou, mas saiu em seguida correndo eufórica, falando alto.– Ela acordou! Ela acordou! – Clara dizia para outras pessoas. Todos entraram no quarto e a Maria Elena ficou na frente da minha visão.– Você está bem? Está sentindo alguma dor? – Franzi a sobrancelha, confusa, sentindo o corpo todo dormente.Tentei falar, mas minha voz não saiu.Mexi meus braços conseguindo movimentá-los. Vi um curativo feito de pano e ervas no pulso, puxei rasgando aquele curativo deixando as ervas caírem, e no lugar da ferida que abri tinha somente uma cicatriz esbranquiçada.Engoli seco quando senti uma secura na gar
Minha garganta doía por causa do esforço que fiz para gritar. O tempo parecia ter se congelado, então eu escutei a voz do Lúcius na minha cabeça.– Lembre-se de onde vem sua força, Karolina. – Ele disse quando estávamos de mãos entrelaçadas no topo da colina.De onde vem minha força?– Sua força vem da mente. – Meu tio falou enquanto estávamos ao redor da fogueira.Arlete golpeou novamente, mas agora o alvo era no meu coração.Levante-me, ficando ainda com o corpo um pouco inclinado, coloquei o braço já perfurado na frente bloqueando a faca, que perfurou novamente meu bíceps, a faca ficou encravada na minha pele e em um grunhido, soltei a mão esquerda da corda que já havia se transformado em garra preta, meus olhos brilharam e eu segurei a carroça somente com uma mão.Um rugido de fúria e dor saiu da minha garganta.– AAAAAAAHHHHHH.....Enfiei minhas garras no maxilar da Arlete, segurei sua boca e puxei para baixo. Seu rosto ficou desfigurado sem o maxilar, ela tentava segurar a língu
Alec matava os lobisomens com facilidade, sua espada cor prata na mão já havia se tornado vermelha, ele matou o cavalo do general que caiu no chão e ambos começaram a lutar, mas a diferença de força e golpes entre eles era muita, Alec parecia ser imbatível, ninguém conseguiria pará-lo.– Está na hora. – Lúcius falou atrás de mim. Virei-me e tinha dois cavalos que Natanael nos trouxe, um completamente preto e o outro todo branco. Coloquei minha espada nas costas e subi em cima do cavalo preto, minha capa cor preta por fora cobriu a traseira do cavalo, Lúcius subiu no seu cavalo branco e a capa dourada dele também cobriu seu cavalo.Ele pegou seu capacete para colocar na cabeça. Olhei as rédeas e vi que apertava com força.– Lúcius... – O chamei. Ele fixou os olhos em mim e estendeu a mão, a segurei.– Lembre-se de onde vem sua força, Karolina. – Dei um aceno e ele soltou minha mão, colocou o capacete que cobria seu rosto, deixando somente os olhos dourados à vista, olhou uma última vez
Olhando minha roupa seca que estava estendida, eu permanecia séria e calma por fora, mas por dentro a aflição me atingia. Em poucas horas ascendi como Suprema Alfa e juntei as duas tribos separadas há anos e ainda trouxe os vampiros comigo. O paradeiro da minha filha de cinco anos era desconhecido, e eu sabia que a Kamilla não sabia se defender, era só uma criança inocente.A profecia não mentiu quando disse que ninguém estava preparado para o caos que eu ia fazer.Suspirei e peguei as peças estendidas, comecei a me trocar enquanto esperava pelo retorno do Natanael, preciso das informações que ele está trazendo para poder agir, algum tempo já se passou desde que ele saiu, espero que não demore muito.Quando terminei de me trocar e trançar no meu cabelo, já que o penteado que a Clara fez desmanchou na luta que tive contra o Lúcius, ouvi passos pesados dentro da casa.– Karolina, o Drakon voltou. – Lúcius falou do outro lado da porta. Minha respiração ficou desregular, eu não queria esc
– Meu amigo. – Falei com um sorriso no rosto enquanto abraçava o Natanael. Ele era magro, mas dava para sentir a firmeza dos seus músculos por debaixo de tanto tecido. Estava mais bem vestido com roupas na cor preta e bordados dourados, a metade do cabelo preso em um pingente com pedras de jade que tinha a figura de um dragão. Todos já estavam se levantando e ninguém ousou dizer nada ou pronunciar qualquer som. Devo admitir que mandar tem seus pós e contras, as pessoas têm medo de mim que se pelam e quem já me viu lutando, sentem admiração.– Minha Imperatriz. – Ele respondeu.– Sem formalidades, por favor. – Disse com um bom humor e olhei para a mulher ao seu lado que lhe foi entregue um cobertor. – Você deve ser a Ayla.– Sim, minha Suprema. – Ela baixou a cabeça com um leve aceno.– Obrigada por terem vindo tão rápido, o motivo pelo qual os convoquei é que a ex-Luna do Lúcius Calmon fugiu levando quase a metade do exército dele, se juntou com os humanos declarando guerra contra a T
Último capítulo