Colin Donovan tornou-se um dos maiores arquitetos da atualidade, conquistando fama e respeito entre celebridades e figuras políticas. Seu nome é sinônimo de inovação e modernidade no mercado imobiliário, mas um segredo ameaça sua carreira e a segurança de sua família. Decidido a proteger aqueles a quem ama e preservar suas vidas, ele decide se afastar antes que acabe destruindo tudo pelo qual tanto lutou. Ele sabe que é uma questão de tempo até que a verdade venha à luz, por isso precisa encontrar alguém que seja seus olhos e ouvidos enquanto foge da realidade. Não faz muito tempo que Andie Sullivan perdeu os pais em um acidente de carro. Sozinha no mundo luta para seguir em frente apesar de todos os percalços, mas um acontecimento inesperado coloca sua futura carreira em risco e, para solucionar o problema necessita urgentemente de um novo emprego ou terá que abandonar seus sonhos. Um homem marcado por um segredo, uma jovem estudante à procura de um emprego. Dois caminhos que se cruzarão por pura casualidade... ou seria destino? Realidade ou ficção? Dois mundos colidindo diante da força implacável da paixão.
Ler mais“Um fio invisível conecta aqueles que estão destinados a se encontrarem, sem importar com o tempo, o lugar, nem a circunstância. O fio pode esticar ou enrolar, porém jamais se romperá.” (SIR MUSE)
Andie Sullivan estava na pior, quando a oportunidade dos sonhos caiu do céu através de um anúncio nos classificados.
A vaga para assistente pessoal remota era exatamente o que uma garota no primeiro ano de faculdade de enfermagem desejava.
O salário acima do mercado e os horários flexíveis seriam a sua salvação antes que fosse obrigada a trancar o curso e retornar para a cidadezinha do interior com uma mão na frente e outra atrás. Por isso, não pensou duas vezes antes de enviar o currículo por e-mail e agendar a entrevista para o dia seguinte.
Sabia que um anúncio como aquele atrairia muitos candidatos, contudo alguma coisa em seu íntimo a fez acreditar que aquela vaga seria sua e de mais ninguém. Por essa razão, passou o restante do dia pesquisando sobre as atribuições de uma assistente pessoal a fim de impressionar em sua entrevista.
Afinal de contas, desde cedo aprendera a encarar a vida de frente e deixar as fantasias de infância no passado, pois nada nessa vida chegava de mão beijada.
Era necessário esforço para alcançar os objetivos, porque no mundo moderno não existiam príncipes montados em cavalos brancos para salvar as donzelas indefesas e, sim dragões em forma de empréstimo estudantil, ávidos por cobrarem suas mensalidades com juros exorbitantes.
Dava graças a Deus pela criação de seus pais que a ensinaram que no mundo real, as contas vencem todo fim de mês e doenças são curadas com medicamentos caros, por isso Andie não se deixava levar por sonhos juvenis e cresceu ciente de que suas conquistas seriam fruto exclusivo do seu esforço pessoal e dedicação.
Então, quando perdeu os pais no último ano e se viu sozinha no mundo soube que não restava outra alternativa a não ser seguir em frente, mesmo que agora um pouco mais solitária e um tiquinho mais triste.
Talvez um dia a dor do luto amenizasse em seu peito ou, aprendesse a conviver com a agonia de suas ausências. O fato era que a vida tinha que continuar e ninguém teria pena de suas mazelas.
Foi por causa desse pensamento acerca de sua realidade que ao ser aceita no curso de enfermagem fez o que pode para se manter durante os primeiros meses, aceitando todo tipo de ocupação que pagasse o aluguel do pequeno estúdio no subúrbio da cidade e garantisse as contas em dia.
No princípio as coisas estavam indo muito bem, até perder o emprego na antiga livraria do bairro, que declarou falência por causa do baixo fluxo de leitores que ainda se interessavam por um bom livro ao invés de ficarem horas presos nas redes sociais assistindo a dancinhas estúpidas.
Aquilo havia sido uma lástima na sua opinião, não apenas pelo emprego, mas também por ver tantos livros bons serem vendidos a preço de banana para que o dono pudesse saldar suas dívidas com as editoras.
Logo nas primeiras semanas após se ver no olho da rua e sem nenhuma perspectiva a sua frente, andou feito louca atrás de qualquer atividade que a ajudasse a pagar as contas. Contudo a crise parecia estar por todas as partes a fazendo duvidar de seu futuro.
Já estava quase entregando os pontos quando, naquela manhã, suas esperanças foram renovadas ao ler os classificados. Se conseguisse aquele emprego colocaria ordem em suas finanças e não precisaria abandonar a faculdade.
Focada em disputar a vaga para assistente, procurou entre as roupas algo que a ajudasse a causar uma boa impressão, pois sabia que o visual certo contaria pontos em seu favor.
Pensando assim, separou uma calça social e uma blusa de seda manga ¾, com gola alta e laço no pescoço, ambas as peças na cor preta, que ficariam perfeitas junto aos escarpins vermelhos.
Adorava essa cor, sempre a achou vibrante e feminina.
Então, com o visual certo em mãos, se concentrou no próximo passo — o de convencer o entrevistador de que ela era a melhor escolha para a função, caso contrário daria adeus a universidade.
E, isso era inadmissível.
Essa sua vontade de vencer na vida tinha o lado positivo, porque a permitia ir em busca de alternativas que pudessem mudar sua situação, mas também provocava crises de ansiedade que a deixavam noites em claro.
Talvez fosse isso que a estivesse incomodando quando se deitou à noite em sua cama.
Podia jurar que havia uma energia diferente vibrando por seu corpo quando apagou as luzes do quarto.
Não saberia explicar o que exatamente estava sentindo, mas era como se tivesse a certeza de que sua vida estava prestes a tomar um novo rumo.
E, embora não fosse uma garota supersticiosa, tampouco acreditasse em pressentimentos, se permitiu descansar com um sorriso nos lábios enquanto mergulhava em um sono profundo, cheio de imagens confusas que lhe roubaram suspiros inconscientes durante a madrugada.
6 meses depois Desde que encontrara sua companheira a vida de Colin havia adquirido um novo propósito. As particularidades de sua origem já não o incomodavam como antigamente e sua mente havia aceitado perfeitamente o convívio com seu lado animal. O que antes havia sido um tormento e quase o levara a loucura, agora era uma parte real e compreensível de sua existência. Kratos, o seu lobo, ocupava parte de sua consciência sem que sua razão fosse obscurecida por seus instintos. Por isso, ele sentia-se... completo. Partilhar sua vida com Andie estava sendo extraordinário, mesmo que os tenha colocado no olho do furacão das maiores revistas de fofocas do país. Afinal, todos queriam saber quem era a linda jovem que havia fisgado o coração do solteiro mais cobiçado da alta sociedade. Para o mundo, ele e Andie eram um casal apaixonado vivendo seu próprio conto de fadas, sem imaginarem o quanto o início do relacionamento deles fora difícil. O
— Hoje é lua cheia. O pai de Colin disse de forma misteriosa. — Sim — Colin respondeu sem desviar os olhos de Andie que estava sentada na companhia de sua mãe e de Katie. Após o almoço haviam decidido tomar um refresco perto da piscina. — Como foi a interação com seu lobo? Acha que ela está pronta? — seu pai perguntou. — Está sim — havia convicção em sua voz — Andie sabe que não precisa temê-lo. — Fico feliz em ver que finalmente está bem, meu filho — apertou seu ombro — eu e sua mãe oramos muito para que encontrasse sua companheira e quando a achou, oramos para que ela o aceitasse. — Obrigado, pai — sorriu — sei que tornei as coisas difíceis entre nós por um tempo, mas agora tudo será diferente. Embora Andie ainda esteja se adaptando a nossa realidade, ela tem se mostrado uma companheira maravilhosa. — Isso é bom, meu filho. Isso é muito bom. Sua mãe também parece gostar muito dela — observou como as duas interagiam — acho que serão ótimas amigas. — Assim espero. —
O tempo compartilhado no Canadá colaborara para que Andie tivesse a certeza de que tomara a decisão certa em permanecer ao lado de Colin. Algumas semanas após retornarem ele a convencera a se mudar para sua casa alegando que desde o momento em que o vínculo fora estabelecido eles não poderiam mais se afastar. Na verdade, tudo não passava de uma grande desculpa criada por Colin devido ao resquício de medo que ainda sentia ao imaginar que Andie poderia mudar de ideia. Por isso, quando ela se instalara em seu novo lar, ele fizera questão de que ela adaptasse a casa as suas necessidades e não reclamara quando a viu se desfazer de alguns objetos que não se encaixavam em seus padrões de organização. — Tem certeza de que não se importa se eu substituir esses enfeites? — ela perguntara em uma tarde fria. — Amor, a casa é sua — ele dissera — faça o que você quiser — piscou antes de entrar no banheiro e sorriu ao ver a bancada onde seus produtos de higiene pessoal haviam sido organizado
Quando desembarcaram Colin a levou para uma cabana no alto da reserva florestal onde ele e sua família costumavam passar férias. Durante a semana que se seguiu, Colin e Andie se amaram como se não houvesse limites para tanto desejo. O vínculo não os poupou, tampouco afrouxou seu domínio deixando que Andie aprendesse sobre a importância de uma companheira na vida de um licantropo. Aprendeu também sobre as lendas que na verdade eram histórias de almas que teriam sido condenadas a um destino de solidão e desespero se não fosse a coragem de uma mulher em superar a maldição para ficar ao lado de seu grande amor. Sentia-se cada vez mais seduzida pelas pequenas coisas que Colin fazia para agradá-la, de como sempre achava uma forma de tocá-la ou afagar seus cabelos. Ele parecia realmente interessado em tudo que ela dizia. Fazia perguntas simples sobre sua vida, rotina e planos para o futuro. E, foi somente então, que ela percebeu que havia muito tempo que alguém realmente não a escuta
— Porra, Andie — grunhiu, afundando os dedos por entre seus cabelos e os segurando em punho e, com a outra mão guiando seu membro — abra a boca e tome tudo. Quero foder até o fundo essa boca gostosa. Ela o obedeceu engasgando-se com sua invasão. — Relaxe a garganta — orientou — respire pelo nariz. Ele era enorme, grosso e exigente, mas a lascívia do ato falou mais alto e Andie se lançou naquela aventura de cabeça. Como uma boa aluna deixou que ele invadisse sua boca até lágrimas brotarem em seus olhos e sua vagina pulsar ansiosa. — Isso, gostosa. Mama no pau do seu macho — disse entre dentes — toma tudo nessa boca deliciosa, Andie. Isso... até o fundo, amor. Assim, devagar. A decadência de sua voz quase a fez gozar. Colin não era o tipo de homem que se escondia atrás de belas palavras, ele gostava de expor seus desejos e depravação sem medo e, isso só o tornava ainda mais pecaminoso. A mão em seus cabelos não a deixava recuar ditando um ritmo brusco, porém altamente erótico.
Desde que embarcaram naquele avião os sinais tornaram-se cada vez mais perceptíveis. Porém, como ela não entendia nada sobre licantropos e acasalamentos não percebia que a inquietação que a acometia sempre que ele a tocava era na verdade o frenesi exercido pelo seu domínio. Para os recém acasalados a proximidade e o toque eram uma forma de amenizar a luxúria avassaladora dos primeiros dias. Licantropos e companheiras tinham necessidades emocionais que precisavam ser saciadas, mas também possuíam necessidades físicas tão violentas que se fossem ignoradas poderia levar um dos parceiros à morte. Por isso, Colin estava tão ansioso para que o serviço de bordo findasse, porque assim ele poderia tomar Andie nos braços e amenizar seus efeitos. — Colin... me beije — Andie pediu ébria pelas emoções. Tentando controlar o desejo ele colou seus lábios com suavidade, mas sua companheira parecia pronta para uma briga ao puxá-lo pelos cabelos e aprofundar o beijo. Senão estivesse tão envolvid
Último capítulo