Com o falecimento do patriarca da família, a cobiçada ascensão do poder passará para o pai dos irmãos Wictor e Elizabeth. Na luxuosa família Konnor, os irmãos discretos, e únicos herdeiros jovens, mantém segredos picantes sob os lençóis. Agora, decisões difíceis estão sendo tomadas e afetarão a relação entre os dois. Os irmãos conhecerão seus pretendentes a fim de cumprirem com a cláusula ofensiva do testamento, deixado pelo patriarca em seu leito de morte: "todo o controle da fábrica de café ficará no poder de Walter, meu primogênito. Sob a condição de casar meus netos antes de ascensão. Então, tudo lhes será herdado, desde meu poder até todas as libras." Agora, pressionados pelo pai ambicioso e pela família gananciosa, Elizabeth e Wictor. conhecerão seus pretendentes a contragosto enquanto enfrentam as desventuras de um amor proibido entre os dois.
Ler maisDe toda forma, você foi avisado.
Esta estória não conta a rotina de alguém feliz. Infelizmente, relata os infortúnios de uma família que perde, misteriosamente, seus parentes como numa caçada.
De maneira cautelosa, assim como todo autor, eu devo lhe informar que há outras obras, neste mesmo perfil, com acontecimentos e finais felizes. Porém, essa não é uma obra baseada na felicidade dos Konnor.
Aqui, esta obra relata os devaneios de um amor descompassado, que de tanto amar, se voltou contra todos e tudo para proteger a única pessoa que amava. A pessoa que jamais deveria ser tocada.
Passei vários dias, até meses, tentando descobrir o que aconteceu com Elizabeth Konnor, depois que descobriu sobre o real motivo da adoção de seu irmão. Todavia, me deparei com mais perguntas e acontecimentos que sempre deixaram vítimas.
Talvez você consiga me dar respostas. Talvez você consiga descobrir o que aconteceu, de fato, aos irmãos Konnor.
Isso me leva a pensar: E como alguém, igual a você, está lendo uma estória como essa?
✩。•.─── ❁Liza❁ ───.•。✩
Senti a mão macia aquecer o meu ombro, prometendo que estaria lá. Espremi as pálpebras, revelando meu desgosto.
Ele estava morto... Vovô havia partido. E o que seria de nós agora?
O silêncio daquelas horas frias eram palavras que eu não conseguia dizer. Encostei a cabeça naquela mão que segurava o meu ombro e expirei. Eu não sabia como reagir. Sentia as lágrimas salgadas mancharem o meu rosto como se fossem tinta vermelha.
—Precisa ir com o seu irmão, querida. Nós iremos logo em seguida.
Era a voz da minha mãe. Ela estava dando apoio para o meu pai. Apesar de manter as mãos nos bolsos para demonstrar frieza, papai estava mordendo a mandíbula desde o segundo em que havíamos entrado naquele cemitério.—M-Mas mamãe...
—Vai, Elizabeth. Por favor. O seu pai e eu iremos logo em seguida. Eu preciso apoiá-lo agora e... Bom você tem o Wictor. Por favor, querida.
Incapaz de discutir, acatei. De cabeça baixa, mantinha os olhos em meus pés. Um passo a frente do outro faziam os meus pés fraquejarem sobre o solo irregular. E quando aquele par de sapatos pretos, levemente sujos com lama, alcançaram os meus olhos, eu sabia de quem eram.
—Mamãe me disse que seria bom irmos pra casa. Os repórteres já estão aí fora esperando eles saírem. Vamos embora antes que as coisas esquentem. —Wictor estendeu a mão para mim. Talvez pensasse que eu estava fraca. Talvez não acreditasse que eu seria capaz de suportar a dor da perda e se limitasse ao raciocínio dos meus pais.
—Tudo bem, Wictor.
Minhas palavras curtas o alcançaram. Ele estreitou as sobrancelhas e duvidou. No entanto, alcançou minha mão e me levou até o carro.
Nós partimos, desviando dos curiosos e repórteres aglomerados em frente ao cemitério.
Havia um sentimento que tumultuava dentro de mim. Algo nunca experimentado antes. Eu me lembrava dos conselhos do meu avô. Eu me lembrava de suas palavras sobre a vida e de como os meus cabelos ficavam bem, longos. Eu me lembrava de sua ajuda para que eu escolhesse uma boa faculdade no futuro.
Eu não conseguia alcançá-lo. Ele estava no escuro.
Ele não me ouviria chamando.Ao chegarmos em casa, eu mal percebi. Abri os olhos lentamente e olhei em volta. Estava em meu quarto. As cortinas brancas balançavam de um lado para o outro com o vento. Era leve. Era quase tão leve quanto o braço dele embaixo da minha cabeça.
Ué... Wictor?
Virei a cabeça para o lado e o analisei. Dormia sereno. Mexi o braço sentindo seu abraço sobre mim. Apesar de seus cuidados, nós havíamos nos acostumado com aquele contato desde a infância.
Um suspiro.
Ele estava acordando. Seus olhos se abriram e me avistaram desperta.—Se eu soubesse que não dormiria por muito tempo, não teria te trazido nos braços, sabia?! —Informou com seu sarcasmo. —Faz tem que acordou?
—Não. Abri os olhos e vi a sua cara feia. Não durmo nunca mais.
Ele puxou o braço rapidamente e me empurrou, jogando as pernas para fora da cama.
—Da próxima vez eu te deixo no carro. —Sorriu minimamente, olhando-me por cima dos ombros. —Sua ingrata...
Wictor atravessou o quarto em busca do celular e foi me deixando sozinha aos poucos. Percebi que ele não voltaria a ficar comigo quando fechou a porta ao sair.
Estava sozinha. Levantei da cama e, entre passos rasos, me aproximei do banheiro. Inspirei profundamente o meu aroma favorito.
Eu sabia que havia uma cláusula absurda no testamento do vovô, mas ninguém nunca come tava essas coisas comigo ou com o Wictor. Ao menos era o que eu pensava.
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Então todos sabiam. A notícia havia se espalhado. Cheguei atrasado ao cemitério. Todos estavam vestindo a mesma cor, mas não compartilhavam da mesma dor. De um lado, as três filhas ambiciosas e ingratas do vovô. Do outro, a minha família sofrendo genuinamente a dor da perda pela segunda vez.
O que mais me dói
énão poder fazer nada que amenize a sua dor... Elizabeth.Mantinha meus olhos sobre ela quando mamãe me avistou. Gesticulando para que eu me aproximasse de Liza, ela voltou a atenção para eles.
Assim eu o fiz.
Liza não parecia bem. Estava dispersa. Eu queria roubá-la daquele lugar e lhe fazer qualquer coisa que a libertasse do sofrimento. Mas eu era apenas um infeliz com pensamentos imundos.
Depois de levá-la para casa, subi as escadas levando-a em meus braços até seu quarto. Eu não me segurava. Estar perto dela, vendo as curvas do seu corpo... Eu sentia dentro de mim, a sensação de mil demônios sedentos querendo rasgar a minha pele e sair descontroladamente do meu peito.
Ela era doce demais para mim. Ela era ingênua demais para as minhas garras. Ela era... A minha irmã.
Eu não posso... Eu não posso condenar você assim Elizabeth.
✩。•.─── ❁Liza❁ ───.•。✩Eu me envolvi profundamente em sua história. Entendi suas dificuldades, acolhi os seus medos e lhe abriguei quando todos me disseram o quanto você era ruim e difícil. Eu aprendi a amá-lo de uma maneira que ninguém nunca, jamais, sentiu por alguém, como eu senti pelo Wictor. Eu sei que pode parecer desesperado e imprudente, mas se você ama alguém e nunca perdeu a razão em nome disso, então você não o amou o suficiente.Ele é o meu sonho, o meu desejo. É alguém que eu cobicei a vida inteira, até o momento em que escrevo em nome desse amor. Eu sei que posso ter feito um monte de coisas fodidas em minha pequena e curta vida, mas eu jamais deixarei que esse homem escape pelos meus dedos. Eu sei que sou capaz de viver por conta própria, sem tê-lo ao meu lado. Porém, não gostaria. Minha vida está onde o meu coração estiver inteiro, e eu só me sinto inteira se estiver em seus braços.Eu amo você, Wic. Então, por favor... Desejo que seja meu para sempre, até que meus úl
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Levei-a novamente para a mansão, embora quisesse que ela experimentasse as coisas reais do mundo. Quando chegamos, subi com minha irmã até seu quarto, onde passei uma manhã inteira trancado com ela. Ordenei à Elias que ninguém subiria naquele andar, nem mesmo ele. E assim foi feito....Cruzei o quarto, segurando uma jarra de cristal com água e um copo na outra mão.—Tome um pouco de água, precisa se acalmar. —Despejei o líquido sobre o copo e estiquei o braço para ela, lhe oferecendo.Elizabeth aceitou.Dei dois passos até o criado mudo e deixei a jarra. Voltei para perto dela e me sentei ao seu lado, pegando o copo seco para pôr ao lado da jarra.—Se sente melhor? —Acariciei seu rosto e empurrei as madeixas escuras para trás de sua orelha.—Eu sinto muito por tudo isso. Por hoje. Por ter te dado trabalho-Avancei o rosto em direção aos lábios dela e lhe beijei intensamente, calando suas palavras. Só não queria que ela se culpasse por ser importante para mim
✩。•.─── ❁Liza❁ ───.•。✩O senhor Willians parecia alguém legal. Naquela manhã, ele me convidou a sentar em sua companhia debaixo de uma árvore na praça. Haviam dois bancos de ferro, e nós nos sentamos separadamente. Os seguranças permaneciam me protegendo, mas se afastaram um pouco quando os pedi diretamente.—Eles são fiéis, não são? —Sorriu para mim, e passou os olhos nos seguranças brevemente.—É o trabalho deles. —Olhei para as mãos sobre as pernas e cutuquei os dedos. Por algum motivo, me sentia insegura.Eu sentia o olhar do senhor Willians pesando sobre mim, então ergui a cabeça novamente e olhei para o lado, avistando uma expressão preocupada em sua face.—O que houve? —Franzi o cenho.—As mangas de sua jaqueta subiram um pouco e eu vi algumas manchas pequenas, como se estivessem sumindo... Brigou com alguém, senhorita Konnor?Naquele momento, senti um mix de raiva dilacerando-me por dentro e me levantei abruptamente, cerrando os punhos em silêncio. Minha expressão mudou. Por a
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Após duas horas de viagem, finalmente cheguei ao prédio desejado. Era um edifício particular pouco frequentado. Meus seguranças cercaram a área e eu desci, expondo o meu rosto. Ao me aproximar das portas de entrada, ambas se abriram para mim, como se fosse uma mágica.Eu sabia que estavam me esperando. Ninguém manda um aviso sem querer atenção.Adentrei ao prédio, tendo Elias em minha frente durante o tempo todo. Os demais seguranças estavam atrás de mim, cercando todo o espaço por onde eu passava. Todos estavam armados, mas é claro que os membros da seita presumiram isso.Ao adentrarmos, nos deparamos com uma recepção. Elias tinha a planta de todo o edifício após contactar algumas pessoas importantes. Nada que o dinheiro não proporcione.Elias se aproximou ao balcão, mas permitiu que eu fosse visto pela mulher atrás da mesa de madeira. Ela moveu as madeixas brancas para trás das orelhas e sorriu gentilmente para mim.—Senhor Konnor! É uma honra recebê-lo em
✩。•.─── ❁Liza❁ ───.•。✩Não tive contato com o meu irmão por uma semana. Os empregados não eram autorizados a entrar em seu antigo quarto. Apenas Elias estava tendo total acesso a ele, o que me deixava ainda mais frustrada. Após oito dias de solidão, encontrei Elias pelo corredor do meu quarto e o indaguei, rangendo os dentes para ele.—Por que está escondendo ele?Elias franziu o cenho e estreitou os olhos para mim. Confuso, o rapaz suspirou e se controlou antes de me responder.—Estou obedecendo as ordens do meu chefe. Se ele não quer ver a senhorita, ele não verá. —Anunciou com rispidez e arrogância.—Não está se achando demais pra um simples chefe de segurança?Ele rolou os olhos para cima, incomodado com a minha abordagem, e bufou com cansaço.—Sou o braço direito do seu irmão, senhorita Konnor. Fiz um juramento e o cumprirei à todo custo. Se a senhorita me der licença, preciso ordenar que levem o café da manhã do senhor Konnor. Ele parece muito melhor hoje de manhã. Seu sorriso
✩。•.─── ❁Liza❁ ───.•。✩Elias me olhou com preocupação nos olhos. Um manto sombrio tomou conta do brilho e ele deu um passo para trás.—Senhorita Konnor, peço que descanse por hoje. O senhor Konnor não poderá falar com a senhorita e me ordenou que lhe desse esse recado. Pode deixar, levarei eu mesmo este pacote para ele.Ele tomou o pacote de minha mão com firmeza e passou por mim, deixando que o vento deste ato me atingisse.Expirei cansada. Meus ombros caíram para a frente por saber que estava de mãos atadas. Você me prometeu que ainda seria meu, no fim do dia. Como pode se esconder de mim, debaixo do mesmo teto que eu?Abandonei meus pensamentos e fiz o que Elias havia me sugerido. Retornei para dentro da mansão procurando descansar....✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Ferido, fui levado por Elias até o meu antigo quarto. Entrar naquele cômodo novamente era um ato de coragem, considerando tudo o que eu havia passado ali dentro.—Elias, vá. Deixe minhas coisas no quarto de Elizabeth, mas n
Último capítulo