Maurice Ferri, além de muito atraente é um homem sério e rígido, CEO no ramo das jóias. Tem uma linda filha chamada Sophia, a pequena de cinco anos era a única luz que clareava os dias escuros do pai. A filha do casal Ferri, precisa urgente de uma babá. Por intermédio de Carla, amiga da jovem estudante, Bárbara Ferri, esposa do Ceo, conhece Melinda veiga e a contrata para ser a nova babá de Sophia. Melinda, desesperada por emprego, aceita de imediato a vaga de babá. O destino dá aquele empurrãozinho. Se não fosse o charme de seu patrão de 31 anos, chamando a atenção por onde passa, a pobre e virgem moça, não ficaria no fogo cruzado de seu casamento falido. O encontro de dois corações quebrados, desencadeou uma paixão ardente, mas será que Melinda e Maurice irão ceder a esse desejo? A pergunta é, até quando eles aguentariam levar essa briga contra seus desejos carnais?
Ler maisHoje é aniversário da Carla, minha melhor amiga e também minha parceira na faculdade. Estamos cursando direito e ela é minha cúmplice em tudo, inclusive nas farras.
Os pais da Carla estão oferecendo um almoço, para comemorar seu aniversário de dezenove anos.Dou mais uma volta em frente ao espelho, para conferir meu vestido e sorrio admirando meu reflexo. Nada melhor que passar uma tarde quente com um vestidinho básico, florido e confortável. O decote não é extravagante, as alças finas fazem um "X" nas costas. Calço uma sandália sem salto, coloco um conjunto de brincos, anel e pulseira, bem delicados e finalizo com um batom rosa. Deixo o apartamento satisfeita com o resultado.Moro sozinha em uma kitnet, localizada na parte central da cidade de São Paulo. Meus pais moram no interior, em São Carlos para ser mais exata. Somos pessoas humildes e, ontem, para o meu desespero, recebi uma ligação do meu pai e ele me informou que seu salário foi reduzido. Isso significa que ele não poderá mais mandar a mesada, que eu uso para pagar o aluguel e a faculdade.Preciso urgentemente de um emprego, para me manter aqui na capital!Chamo um carro de aplicativo e lá vou eu, rumo a festa! Ao entrar na rua do condomínio, vi que todos os convidados já estavam lá."e eu como sempre sou a última a chegar".Haviam dois belos carros estacionados em frente à casa da Carla. Os pais dela são bem reservados. Ela me informou, que só estarão presentes poucos parentes, alguns amigos e os novos vizinhos. Senhor e Senhora Ferri, como um convite de Boas-vindas da mãe dela. O almoço vai acontecer no jardim, mais precisamente, na área da piscina que fica nos fundos da casa.O condomínio é composto de lindas casas ‘duplex’ e não tem muro separando-as. Aqui, as pessoas respeitam o espaço dos outros, muito diferente dos bairros de pessoas pobres como eu. O condomínio é no estilo americano, conhecido como "o condomínio das casas de vidros" os Jardins cobertos de gramas e algumas casas têm as chamadas "cercas vivas", as quais dão mais privacidade à área externa. A casa da minha amiga é assim, cercada dessas plantas e é muito linda!— Chegamos, senhorita.O motorista me avisou, paguei a corrida e entrei. Eu imaginava que todos estivessem no jardim, pois a casa estava vazia. Suspiro frustrada e caminho a passos rápidos.— Até que enfim, pensei que a Cinderela não viria mais, — Carla reclamou revirando os olhos, ao me ver abrindo a porta.— Feliz aniversário, amiga!A abracei apertado e depositei um beijo em sua bochecha. Minha amiga é uma loira linda, por dentro e por fora. Duranto o abraço, desejei muitos anos de vida a ela.Todos estavam sentados ouvindo músicas. O cheiro do churrasco invadiu minhas narinas e meu estômago roncou, denunciando que eu estava faminta.— Vamos almoçar amiga!Carla saiu praticamente me arrastando pelo braço e eu mal consegui cumprimentar os convidados. Apenas acenei com as mãos e eles sorriram, repetindo o gesto.— Seja bem-vinda!Com a voz cheia de malícia, Rafael, primo da Carla, me cumprimentou e eu automaticamente fingi não vê-lo, passando longe.Peguei um prato e me servi com pão de alho, um pedaço pequeno de filé mal passado, e uns legumes que estavam assando no espeto, junto às carnes. Sentei à mesa com Carla, onde estavam também, Rafael e Saimon.Rafael agradeceu à preferência de sentar ao seu lado, ele sempre me cantou, o tempo todo com suas investidas sem sucesso. Apesar de ser bonito, não quero envolvimento com um homem que não leva as mulheres a sério.Carla me alertou sobre ele ser um mulherengo e de cafajestes, eu estou correndo.***Meu último namorado me ensinou uma lição. Não foi das boas, mas eu aprendi da pior forma possível, a não confiar nos homens. Mesmo assim, sou grata por ele ter se revelado um canalha, antes de eu entregar minha virgindade a ele.Acreditei no amor que ele dizia ter por mim e, no último ano do colegial, na nossa formatura eu estava decidida que, naquela noite daria o que ele tanto queria, minha virgindade. Eu estava muito ansiosa para chegar a tão esperada noite. Alex já tinha tudo planejado, tudo aconteceria no apartamento do amigo dele, o rapaz cedeu sua casa por uma noite para o Alex.Estava quase na hora de sairmos da festa e ir para a nossa grande noite de amor, um momento só nosso. Alex saiu para buscar uma bebida e estava demorando muito, então resolvi procurá-lo. Olhei em volta, em meio a multidão e não o vi. No caminho, acabei esbarrando com um amigo do Alex e eu logo perguntei se ele sabia onde estava o pilantra, o garoto disse ter visto meu namorado pela última vez, no corredor da escola, então apenas segui em direção ao corredor.Lá, o som da festa estava um pouco abafado, o que facilitou muito a ouvir as palavras que me quebraram em pedacinhos, no entanto, não foram só palavras ditas e sim estalos de beijos. Alex estava na biblioteca se agarrando com a vagabunda da Eliza, parei de caminhar incrédula, fiquei estagnada próximo à porta que estava entreaberta."Relaxa princesa, você sabe que nunca vou deixar de comer você por causa da Melinda. Só vou tirar a virgindade dela, por ser algo que quero muito. É como se fosse um troféu para mim. Posso te provar isso, indo dormir com você. Assim que eu transar com ela eu vou para sua casa, ok?"Não consegui mais ficar ali, quando ouvi aquelas palavras ditas pelo meu namorado, me dispersei à passos firmes vendo tudo embaraçoso à minha frente, por conta das lágrimas. Meus saltos fizeram barulhos e isso chamou a atenção do Alex e ele saiu correndo atrás de mim. Foi uma noite bem agitada, mas consegui me livrar dele. ***— Como vão às coisas na faculdade, Mel? — Rafael perguntou, me tirando de meu devaneio. — Melinda?— O quê?Perguntei, absorta, pois, não ouvi nada do que ele falou. Meus pensamentos estavam muito distantes. É assim sempre que homens cafajestes se aproximam de mim, lembro do canalha que se chama Alex.— Hoje você está com os pensamentos bem longe Mel, está apaixonada por alguém? — Carla protesta e todos riram, até eu.— Apaixonada? Seria uma missão quase impossível, mas quem sabe um dia eu me apaixone, quando encontrar um homem de respeito!Falei olhando para ele, na tentativa de mostrar que não estou nem um pouco afim das suas cantadas baratas. Simon e Carla lançaram olhares acusatórios em direção ao Rafaell, sabendo que era uma indireta para ele.Rafael ficou visivelmente envergonhado e não se atreveu a repetir sua pergunta. Por fim, continuamos a comer, Simon e Rafael quebraram o gelo e começaram a falar sobre futebol.Os pais da Carla estavam em uma mesa próxima, bebendo cerveja e conversando com uma loira linda de olhos azuis, um nariz perfeito, boca carnuda, cabelos cheios levemente ondulados, ela era mais alta que eu, um belo e torneado corpo, cintura fina, pernas compridas e definidas, seios fartos, uma pele branca e incrivelmente bem hidratada. Ela conversava com eles numa classe admirável, parecia aquelas madames ricas das novelas. Ao lado dela, uma linda garotinha, cabelos loiros, igual ao da madame. O que me encantou muito foi seu rostinho angelical, seus olhos também azuis e sua mini boca, num formato de coração.— Aquela é Bárbara Ferri, os vizinhos novos que te falei, bonita não acha? Pois é, o marido dela é muito mais bonito. É de molhar a calcinha amiga. — Carla comentou num sussurro, quando me viu fitando a loira.— Céus, um homem mais bonito que essa mulher, só pode ser um Deus!Respondo abafando o tom de voz, para que ninguém além dela ouvisse. Do contrário, os garotos não iam nos importunar a festa inteira. — Oi! Eu me chamo Sophia, e você? — A garotinha veio até mim.— Oi! Princesa, sou Melinda, mas pode me chamar de Mel. — Ela sorriu, imediatamente me apaixonei, por seu lindo sorriso.— Você quer brincar com minhas bonecas? Eu te empresto. — Ela me ofereceu sua linda boneca. Era uma bebê reborn. Elas parecem um bebê de verdade, e são muito caras.— Parece que ela gostou mesmo de você, a senhora Ferri disse que ela é muito retraída com as pessoas, disse que ela tem o gênio do pai. Eu até tentei falar com ela quando chegou aqui, mas foi sem sucesso. — Carla me revelou, incrédula.Segurei a boneca dela, a garota ficou bastante feliz! Os pais da Carla e a mãe da menina me olhavam estarrecidos. Conversei com ela por alguns segundos até o momento em que a senhora Ferri a chamou.Sophia me puxou pelo braço para ir com ela, acabei cedendo à exigência da garota e me levantei para acompanhá-la. Amo crianças!— Já volto, galera.Os avisei, e eles riram da minha situação, arrumei uma pequena e linda encrenca.— Prontinho, está entregue — soltei a mão da Sophia e sorri para todos sentados à mesa.— Obrigada, me chamo Bárbara! — A madame se levantou sorrindo e me cumprimentou, educadamente.— Muito prazer, me chamo Melinda. — Ela estendeu a mão e apertou a minha.A mulher era ainda mais bonita de perto, as mãos eram macias, penso que nunca pegou em uma vassoura, me senti a patinha feia. "Eu e meus pensamentos".— Pronto! Achamos a babá perfeita para Sophia. — se pronunciou a senhora Helena, mãe da minha amiga.— Carla provavelmente deve ter comentado com Helena, que eu estava a procura de um emprego.Dei um sorriso tímido para elas, pois fiquei sem reação. Realmente não estava preparada para aquela surpresa.— Assassina!Continuo com mais tapas estalados em cada lado do seu rosto. Só pararia quando me cansasse, talvez a mandasse de volta para o hospital.— Saia de cima de mim, sua louca!Tapei sua boca com uma mão e a outra apontei o dedo na cara dela.— Cala a boca, vadia estúpida, você é um ser horrível. Toma mais essa por ter drogado meu namorado.A golpeei novamente com a mão fechada, me sentindo satisfeita ao ver seu veneno vermelho espirrar de seu nariz.— Pensa que tenho medo de você? Fique longe de nós ou eu te mato!Proferi segurando seus cabelos com força e meu rosto bem próximo ao dela.— Eu vou te destruir, Melinda!Ela se atreveu a cuspiu no meu rosto, o sangue que saia da sua boca e depois gargalhou diabolicamente.— Você está destruída, acabou para você, Amanda Vasconcelos.Eu estava cansada, mesmo assim acertei mais dois tapas fortes em seu rosto inchado e vermelho.— Melinda?A voz de Maurice soa atrás de mim.— Cadê minhas roupas?Olhei para trás e o vi fazendo uma caret
— Não posso, tenho que ir, Melinda está me esperando. E mais, não temos nada para comemorar.— Ora, é só um brinde não vai demorar e afinal de contas é uma despedida e você está livre de mim. Caminhou até uma pequena adega de bebidas e serviu duas taças. Veio até mim e entregou uma.Tomei todo o conteúdo da taça o mais rápido possível, não via a hora de sair dali. Deixei a mesma sobre a mesa e caminhei até a porta.Assim que pus os pés do lado de fora, senti meu estômago revirando e uma ardência estranha como nunca havia sentido. Ouvi Bárbara rindo e olhei para trás, enxergando tudo girar ao meu redor.— O que... O que você fez?Havia uma grande dificuldade para eu conseguir falar, senti meu corpo flutuar e minha língua adormecer. — Não será tão fácil, Maurice Ferri, eu não vou te deixar em paz, não assim tão rápido!— Eu vou te matar, Bárbara!Voltei para a parte interna da casa, cambaleando.— Vamos querido, vou te levar de volta para o seu quarto.Segurou meu braço e me apoiou e
Meu irmão nada respondeu, apenas acenou concordando e voltou para junto de nossa mãe. Conhecia bem meu irmão, o suficiente para saber que ele amava a Bárbara apesar de tudo. Estava ciente que ele iria sofrer com o que descobriria. Depois de me despedir de todos, deixei o hospital junto com minha namorada.— Estou louca por um banho.Melinda reclama no instante em que entramos em nosso apartamento.— Eu também.Fiquei parado, pensando em uma forma de convencê-la a me deixar ir em casa sozinho para conversar com a Bárbara.Já estava com a cabeça fria e sabendo que minha filha estava fora de perigo, me senti pronto para dar um fim na minha relação com minha ex-mulher, precisava garantir isso logo, ou ela iria continuar interferindo em minha vida.Após algum tempo convencendo Melinda a ir sozinho à casa da Bárbara, finalmente pude sair tranquilo. Esse assunto era nosso, teríamos que resolver e eu achei melhor que fosse apenas nós dois, conhecia bem minha ex-mulher.Trinta minutos foi o te
— Olá me chamo Cristiane Dutra, sou a enfermeira chefe, o médico teve outra emergência, eu vim no lugar dele para saber se conseguiram um doador. O quadro da paciente Sophia continua grave e ela precisa do sangue com urgência.Olhei para o Dalton, pois eu sabia que só ele poderia salvar a Sophia no momento. Apesar das diferenças, tínhamos que pensar somente nela.— Eu, eu sou...Dalton me olhou por um breve instante.— Sou o único com a mesma tipagem sanguínea.— Ótimo, me siga senhor Ferri.Meu irmão se levanta dando um pesado suspiro, cobrindo seu olho inchado e seguiu a enfermeira Cristiane.— Maurice, ela continua sendo sua filha, isso não vai mudar nada, eu não sabia. Dalton parou ao meu lado e disse antes de sair do local.Não respondo por não saber o que dizer ou fazer com ele naquele instante. Na verdade, eu estava perdido em medos e pensamentos. Medo por minha filha e pensando em como tudo isso aconteceu.— E essa moça, quem é Maurice?Laura perguntou, olhando para Melinda q
— Eu te amo Sophia, a tia Mel nunca mais vai te deixar sozinha, prometo.Sussurrei em seu ouvido, com a voz embargada por conta dos soluços, em seguida depositei um beijo em sua bochecha.— A senhorita terá que sair, vamos, os enfermeiros vão levá-la para o centro cirúrgico.Outra enfermeira aparece me tirando o chão, eu não queria sair de perto dela, mesmo assim obedeci. Saí da sala hesitante, em prantos e a todo momento olhando para trás. Meu corpo inteiro gritando de dor, queria não poder sair de perto dela.— Sabe me dizer onde fica a sala para coletas de sangue? Meu namorado está lá, eu preciso falar com ele.— Sim vamos, eu te mostro.Andamos pelos corredores e ao passar em frente a uma das portas que pela ironia do destino estava aberta, vi Bárbara e uma enfermeira fazendo um curativo em sua testa. Ela parecia estar chorando e sua saúde estava em perfeito estado. Mais uma vez: “desgraçada”. Finjo que não a vi e continuo andando junto com a moça simpática. Depois de dobrarmos d
Nervosa era a palavra certa para me definir naquele momento. Eu estava extremamente desconcertada, perdi todos os meus sentidos, o rostinho angelical daquela garotinha não me saía da cabeça. Tentei acompanhar Maurice com minhas pernas insistindo em fraquejar.O carro estava em um estado preocupante, o veículo estava todo amassado e com os vidros quebrados, por sorte parou com as rodas para baixo. Maurice abriu a porta rapidamente em busca da Sophia.— Ei, ei, pare! Você não pode mexer nas vítimas.O policial tentou impedir Maurice.— É minha filha e eu vou pegá-la!Meus soluços só aumentaram quando vi Sophia desacordada e suas roupas cobertas de sangue.Maurice caiu sobre os calcanhares, no chão, e sem forças com ela nos braços, chorando abraçado à filha.— Vamos Melinda, vou levá-la a um hospital.— A ambulância está chegando, pai.Mais uma vez o policial tenta impedi-lo e quando Maurice levantou, o socorro chegou no mesmo instante.Os paramédicos desceram do veículo rapidamente, pe
Último capítulo