Luana faz tudo o que pode, e o que não deveria, para recuperar o amor do namorado que não a merece! Ela paga por dois dias em um cruzeiro de luxo, mas ao acordar pela manhã, se assusta ao perceber que se enganou de quarto, e de namorado! Ela havia dormido com um estranho, e nem sabia o que fazer! Igor é um CEO bem sucedido, e pensa que o dinheiro pode comprar tudo, ao perceber que aquela não é quem ele pensou, ele se sente enganado por ela, e a ignora por já ter a namorada que ele ama! O problema é que um mês depois, a Luana descobre uma gravidez, e gostaria de ter se jogado no mar, enquanto ainda dava, foi engravidar justo de um desconhecido que a ignorou, e depois pensou que ela o havia enganado? Ela realmente era muito azarada, e uma azarada com uma dívida alta para pagar à um agiota! Mas, nem tudo saiu como eles haviam planejado, e por influências e também o bebê, eles acabam se casando! Igor não aceita direito toda essa situação, e eles começam a entrar em conflitos e complicações, principalmente depois que ele pede que ela assine um documento de divórcio com dez meses de casados! Seria possível o amor surgir em meio a essa confusão? Quanto tempo a Luana precisará para dar a volta por cima? Igor terá que rebolar para ter a sua esposa de volta, será que ela lhe dará uma nova chance? Vem descobrir comigo!!!
Ler maisCAPÍTULO 01
Luana Davis A minha vida está um caos. Trabalho tanto e quase não tenho tempo de lazer, estou a ponto de perder o homem que eu amo por causa da correria, e isso precisa mudar! Eu sempre fui estilo quietinha, daquelas que pensa que precisa agradar a todos, e faz o que pode para ver todo o mundo, bem! Mas, ultimamente tudo está bem complicado. Acabei de me formar, e consegui um emprego como oficial de justiça, tenho uma mesa pequena, mas muito trabalho, as vezes tenho dificuldades com alguns funcionários lá dentro, mas sempre escolho em fazer a minha parte. Vejo que o meu gato está sozinho, e resolvi contar logo de uma vez a novidade! — Vai ficar tudo bem, amor! Eu prometo que a gente vai naquele cruzeiro que prometi! — falei para ele, que estava sentado no meu sofá, com a mesma cara fechada de sempre. — Conseguiu dinheiro? Perguntou, se virando para me olhar. — Consegui, vamos na sexta! Ficaremos dois dias, lá! — disse empolgada, o abraçando de lado, e até apertei. — Ufa, que bom! Porquê eu usei aquele dinheiro do débito que você deixou comigo, e o cartão roxinho, ainda não encontrei emprego! Mas se tá pagando cruzeiro, então a coisa tá boa, né? — comentou ele meio frio, eu sei que ele anda chateado com algumas coisas... — Tudo bem, amor! Não tem problema! Eu dei um outro jeito de pagar esse cruzeiro, só quero que a gente fique bem! — falei o beijando, e ele suavizou um pouco a expressão. — Vai ficar no mesmo quarto que eu? Já estou cansado de você me enrolar! — questionou olhando meio atravessado, e eu sabia do que ele estava falando. — Sim! É um cruzeiro de luxo, você vai ver como vai gostar de lá! A piscina é incrível, eu vi as fotos de tudo, inclusive do quarto! — Disfarcei, pois na verdade ele é muito bonito e bem arrumado, e eu sou tão simples, e as vezes até desajeitada. — Hum, tá bom! — Respondeu apenas, mas eu tenho certeza que vai dar tudo certo! Os dias foram passando, e eu precisei me organizar, e ajeitar tudo, e só tive tempo depois do trabalho, pois aquele escritório me prende bastante lá, então a gente se viu bem pouco nesses dias. No escritório... — Luana! Você precisa organizar esses documentos! Eu não vou ter tempo! — diz a minha colega de trabalho, mas não entendi muito bem. — Mas essa não é a sua função? Pensei que fosse você a cuidar desses tipos de processos, e também as visitas, e penhoras! — respondi. — É que eu não vou ter tempo, as visitas já me cansam o suficiente, você se vira não é? Eu já vou indo, tenho pressa! Ela nem espera eu responder, e sai me deixando com tudo! Eu já estou acostumada, os trabalhos chatos e burocráticos sempre sobram pra mim, e eu acabo fazendo, pois alguém precisa fazer, não é? Não sou uma mulher ambiciosa, tenho vinte e cinco anos, sou recém formada, e estou satisfeita com o meu emprego. Claro que tenho o sonho de um dia encontrar o meu príncipe encantado e viver um daqueles romances de livros e novelas, só espero estar andando no caminho certo! No dia do cruzeiro... — Amor! Não demore, falta pouco tempo para o nosso embarque! — falei para ele, que estava se arrumando ainda. — Já estou pronto, você que é acelerada! — O vi me olhando de perto. — Porquê não tira esses óculos hoje, Luana? Coisa feia! — Eu não enxergo nada sem eles, não consigo! — Digo desanimada, pois me empenhei muito para conseguir fazer esse cruzeiro, precisei emprestar trinta mil de um agiota, e ainda nem sei como vou conseguir pagar, mas não importa, pois vai valer a pena, e vou recuperar o meu relacionamento. Eu sempre faço de tudo para o agradar, mas eu não sou do tipo tão atraente, e ele nunca gostou dos meus óculos, não sei se o problema são as lentes, ou a armação preta, mas sei que o nosso relacionamento tem dado errado, mas deve ser porque eu trabalho demais, e não tenho tempo para ele, e ele é muito carente. Nós enfim pegamos um carro de aplicativo para irmos, ele foi no banco da frente, e precisei ficar sozinha atrás, e na hora em que fui usar o meu cartão... — Foi recusado, senhora! — falou o motorista, e franzi o cenho. — Como? Ainda tinha bastante limite ontem... — Eu precisei usar, gracinha! Gosto do seu por causa dos pontos, mas você pode usar o outro, você não liga com isso, não é? — perguntou com aquele olhar que me derrete toda, e claro que eu não negaria nada a ele, eu o amo tanto! — Claro que não! Tá tudo bem! — falei isso, mas por dentro eu estava preocupada com os gastos, mas se for por ele, ou para ele, eu não ligo! A única coisa que me importa é que a gente se reconcilie, acredito que duas noites serão o suficiente, eu nunca me entreguei a homem nenhum, mas hoje serei totalmente dele, o amo muito, e sei que é isso que ele deseja, pois sempre foi um mulherengo, e já não deve estar aguentando essa situação. Estava tudo quieto no carro, e eu estava me sentindo esquisita, com dores no corpo, e o nariz escorrendo, então comecei a espirrar. — Estou um pouco resfriada, hoje! O meu corpo não está nos melhores dias! Atchim! — Falei, e ele me olhou, e então disse: — Já melhora, frescura a sua! — Falou meio sorrindo, acho que estava brincando, mas não falei mais nada. Quando chegamos no local, eu pensei que ele me ajudaria, mas foi saindo na frente, analisando a vista, e me deixou para trás com as malas. — Atchim! — Espirrei novamente. — Você trás, não é? Vou procurar um banheiro! E, quando encontrar um quarto descanse um pouco, que logo irei pra lá! — Falou ele, e sumiu na frente, mal enxerguei aonde ele estava indo, e em qual direção. Só vi quando ele subiu a grande rampa que dava acesso ao navio, e era lindo demais por sinal. Fiquei preocupada se conseguiria levar tudo e ainda encontrar o quarto, mas tudo bem... lá vou eu! O lugar era maravilhoso, enorme! Parecia uma cidade flutuante, com piscinas, mesas com cadeiras, guarda sóis e esteiras, dava para ver os quartos com vista para o mar, era muito lindo! Cheguei com certa dificuldade até a grande rampa, que dava acesso ao convés do navio e já tinha muita gente entrando naquele momento, mas também estava bem em cima da hora. Passei pelas mesinhas, cada uma com um guarda sol em cima, e depois já desci para a parte dos quartos, eu apenas me lembrava do número que era cento e vinte dois, mas certamente eu o acharia não é? Eu estava suando frio, e as malas estavam pesadas, fui entrando com dificuldade, e para ajudar ainda, os meus óculos estavam um pouco frouxos ultimamente, e eu precisava ajeitar a toda hora, e com as mãos ocupadas dificultou bastante. Fui entrando, e o espaço não era grande para caminhar com malas, tinham várias pessoas, e eu fui desviando como podia, dava para notar que todos estavam muito bem vestidos, indo de um lugar para outro, e sentindo a minha pele suar frio, e quando eu menos esperei, senti o meu corpo sendo empurrado por alguém, e senti os meus óculos caindo no chão. No mesmo instante alguém me segurou, e quando percebi estava praticamente deitada no colo de um homem! Um homem que nem conheço, inclusive! Eu estava sem os óculos, então eu via apenas um vulto, pouca imagem do que era o rosto dele, mas o cheiro era muito bom, parecia ser muito bonito, e ele tinha braços fortes e ágeis, que me desestabilizaram tanto, que até quis permanecer ali. “Eu teria enfim, encontrado um príncipe encantado?“ Penso. Me senti confortável nos braços dele, esqueci de tudo a minha volta, parecia que estava tudo parado ou em câmera lenta, ninguém nunca me protegeu assim, e gostaria de estar com os óculos para poder vê-lo melhor! “Óculos? Cadê os meus óculos?“ Penso, e sou tirada do transe com o barulho de algo quebrando próximo a mim. — Droga! — Falei meio baixo, mais pra mim mesma. — Deveria tomar mais cuidado e não ficar colocando os óculos no chão! — Falou me erguendo, e eu me desliguei do transe em que entrei, e no momento seguinte, entendi que era os meus óculos que haviam quebrado, mesmo. — Oh! Me desculpe, senhor! Eu sou mesmo muito descuidada, deveria ter prestado mais atenção, me desculpe, mesmo! — Eu fiquei repetindo, mas o homem não levou muito em conta, me entregou o que restou dos óculos quebrados, e foi saindo aos poucos, me deixando novamente sozinha, com o corpo dolorido e cheio de malas. Observei muitas pessoas me olhando, pois pararam todas na minha volta, provavelmente me acharam uma maluca, e com razão! Mas, estava tudo bem! Eu dei mais uma olhadinha, mas agora de longe seria impossível de identificar aquele homem, já estava escuro, e eu quase não consigo ver, e estou bem curiosa para saber como conseguirei encontrar o nosso quarto, os números parecem borrões, e já estou com os braços cansados, e nem sinal do meu namorado por aqui! Tomara que dê tudo certo, investi tanto dinheiro nisto... Entrei num grande corredor, era bem chique, com detalhes de plantas nas laterais, e um tapete vinho espalhado no chão, um jogo bonito de luzes brancas com amarelas e a porta estava destrancada, pelo o que eu olhei era aquele mesmo, vou ajeitar as coisas e vou fazer uma surpresa para o meu gato, trouxe uma camisola sexy, e ele vai chegar aqui e nem vai acreditar que sou eu mesma, quero que nada dê errado hoje, me programei demais para isto, e o meu futuro depende da nossa reconciliação! Estou nervosa que seja a nossa primeira vez, na verdade a minha! Mas, já andei estudando um pouco sobre isso e acho que vou conseguir agradá-lo, aprendi até umas coisas para fazer nele, só não pode dar errado! Mas, não vai dar!Epílogo Narração da autora — Amor! Pega os sapatos da Thailly, que o Andrew trouxe apenas as meias! — Islanne pede para o Louis, que corre para ajudar a esposa, que agora com duas crianças pequenas, ficou mais difícil, principalmente sem a Edineide que tem a casa dela para administrar, e hoje é a folga da babá. Louis está sempre atento, gosta de cuidar das crianças, então é tudo muito divertido. Depois de todos aqueles sustos que ele levou, aprendeu muitas coisas sobre a vida, e principalmente sobre a Islanne. — Lanne, o seu celular está tocando! — Louis pega o aparelho e antes de entregar para a Islanne, olha e se arrepende de ter avisado. — Ué... é o Gregory! — ela se espanta, faz tempo que não fala com ele, e devolve a meia para o Louis. — Vou atender, segura a Thailly! — ela pega o celular e se surpreende. — Alô! — Oi, linda! Como vai a vida de casada? — Estamos ótimos, Gregory... e você? — Morando com o boy, menina... tudo de bom! —
Louis Davis Fiquei atento, esperando qualquer notícia que a enfermeira me daria. Olhei para a minha filha, pensando que precisava muito da mãe, também me lembrei do Andrew em casa. — Como ela está? — O senhor já pode entrar, a médica terminou o procedimento! — Sério? Então, está tudo bem? — Sim, a médica vai explicar tudo certinho, lá dentro! — não esperei duas vezes para entrar, e fiquei aliviado quando vi que ela estava bem. — Me desculpe ter demorado, não me deixaram entrar antes! — logo expliquei. — Ah, está tudo bem! A médica estava me explicando algumas coisas do procedimento que fez, e achou que você ficaria melhor cuidando da Thailly, porque estava muito nervoso! — Hum... — Senhor, os órgãos dela estavam fora do lugar, então demorei um pouquinho mais e arrumei tudo, pois com o tempo causaria dores desnecessárias! Mas, fique tranquilo, agora é só cuidar com a recuperação, e meus parabéns pela bela menina! — confesso que não gostei
Louis Davis — Cadê a mamãe? — pergunto mais uma vez para o Andrew, sem acreditar que ele já chama pela mãe, e eu nada... — Mamama! — morde os lábios e sorri esticando os bracinhos, apontando para a porta. — Você é muito esperto! Sabe onde a sua mãe está, não sabe? — Mamama! — Garoto esperto! Vamos encontrá-la, tá bem? — a essa altura ele já está agarrado nas minhas pernas, aprendeu a andar recentemente e agora a gente precisou criar olhos para todos os lados. Saio caminhando pela casa, e já sorrio quando ouço o som da música. Islanne gosta de dançar em casa, a gente criou um espaço para que ela ensaiasse sem precisar sair, e amo observá-la enquanto dança. Está tocando balé. Coloco o dedo indicador na boquinha do Andrew, implorando para que ele não nos entregue para a sua mãe, adoro vê-la dançar quando não me vê, parece que o seu corpo corresponde mais à música, acho linda. A vejo por um curto espaço, chego a suspirar. Enquanto a
Edineide Santos da Rosa (Meses depois) — Ulisses... — Oi amor... — Acordei com uma sensação estranha, sabe? — sentei na cama e olhei para ele que ainda estava meio sonolento. — Que tipo de sensação? — Não sei, estou com medo de ir naquele bosque que a gente combinou ontem, sinto que o bebê vai nascer logo, a minha barriga abaixou muito. — ele ergueu a coberta e olhou para a minha barriga, moveu a cabeça de um lado e para o outro. — Pra mim está igual, ainda falta um mês para o Wendel nascer, o médico falou naquele dia, lembra? — É verdade, não vou me preocupar com isso. Já faz tempo que estou querendo conhecer aquele bosque, e não sinto dores ainda. — Está bem, então vamos levantar! — ele disse e eu olhei para os lados, a minha barriga já está enorme e tenho dificuldades para fazer as coisas. Ulisses percebeu e segurou na minha mão me ajudando, então foi mais fácil. — Ai... — O que foi? — Senti uma dorzinha na lombar, será
Louis Davis A minha vida está muito diferente. Acordo todos os dias animado, sinto que me encontrei. A Islanne ainda cuida da galeria de dança, e eu trabalho a maior parte do tempo em casa, já que ampliei o meu escritório e tenho a maior base de inspiração aqui. Eu só vou para o meu antigo escritório quando as obras já estão prontas ou eu tenho reuniões importantes, para resolver assuntos de trabalho, ou alguma exposição, já que agora a minha irmã Luana já consegue dar conta da carreira dela, sozinha. A minha esposa é uma caixa de surpresas, e algumas vezes eu preciso prestar mais atenção para entender o que ela realmente quer, mas já percebi que tem dado certo e ela acaba sorrindo quando demora um pouco mais para entender o que ela realmente queria, então tudo volta a ficar bem... ou não. — LOUIS!!! LOUIS!!! — saí correndo quando ouvi o seu grito, pulei os brinquedos do Andrew pelo chão e o roubei no caminho, pois me olhava assustado com um brinquedo quase
Edineide Santos da Rosa Fico aqui pensando com a mão na minha barriga... como pode aquela babá ter feito o que fez e não levou uma surra? Será que eu sou única louca que fica com essas coisas na cabeça? — Amor? Amore? — me assusto quando o Ulisses me chama. — Hum? O quê? Falou comigo? — ele sorri e me abraça por trás, colocando as duas mãos na minha barriga, esticando o queixo no meu ombro. — Calma! É que você parecia tão longe nos pensamentos que fiquei curioso. Está chateada com alguém? — Eu não me conformo, sabe? Eu fico o tempo todo pensando... porque ninguém me deixou ir atrás daquela vaca da babá... eu queria ter quebrado a cara dela, não consigo engolir. — Edineide, olha pra mim! — me virou de frente. — Você precisa desacelerar, na sua barriga também tem um bebê! Agora, você quer que eu e os demais, apoiamos você “grávida”, arrumar um jeitinho de entrar numa penitenciária para bater numa detenta e sabe se lá, mais o quê? — Eu já conve
Último capítulo